terça-feira, 9 de março de 2010
João Hélio no Brasil Crimelândia
Nossa adequação social ao absurdo já deveria estar catalogada como psicopatologia gravíssima.
Verdadeiramente, além das condolências à família, não cabe nada além da perplexidade e do estarrecimento ao dar-se conta de nosso cretinismo na conformação deste arremedo de sociedade civil que integramos.
Após a estupidez da inerme pena sócioeducativa, quer dizer que um dos assassinos do garoto João Hélio (aos 6 anos de idade) ganha liberdade e prerrogativas para começar uma nova vida no exterior?
Tal grau de indecência social já não merece mais notas de repúdio e protestos indignados que, certamente, comporiam o departamento dos artigos de perfumaria no rol de prioridades e atenções do país.
Lembrar também que estamos afundando em alto mar e festejando o fato já soa tautológico (ou soaria, se a consciência nacional ao menos uma vez se desse conta da letargia na qual se encontra imersa). Parece-me, então, que só resta aguardar a vez de também tombar de graça.
O senhor Olavo de Carvalho discorre (link) com propriedade e precisão sobre o ocorrido:
http://www.olavodecarvalho.org/semana/100308dc.html
e a notícia veiculada em “O DIA ONLINE” diz o seguinte:
“Moradia no exterior após pena por morte de João Hélio
Ao completar maioridade e cumprir medida socioeducativa, jovem ganha liberdade e vai viver no exterior, com garantia de casa e identidade novas para recomeçar a vida
Rio - Três anos depois de participar do assalto que resultou na morte brutal do menino João Hélio Fernandes, de 6 anos — arrastado por sete quilômetros em ruas de bairros da Zona Norte —, Ezequiel Toledo de Lima, que na época era menor de idade e hoje tem 18 anos, ganhou a liberdade. Após cumprir a pena socioeducativa, o rapaz voltou para as ruas dia 10.
Assaltantes abandonaram carro na Rua Caiari, com o menino já morto, após ser arrastado por 7 quilômetros | Foto: João Laet / Agência O DIA
Mas, temendo represálias e ameaças sofridas, inclusive no do Instituto João Luiz Alves, na Ilha do Governador, onde estava, ele foi morar no exterior com a família. A mãe do rapaz também teria sido ameaçada...” (íntegra no link abaixo)
http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/2/moradia_no_exterior_apos_pena_por_morte_de_joao_helio_64829.html
triste...
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