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terça-feira, 24 de maio de 2016

Brinde Virtual


Chardonnay pra Dylan Thomas!



Poema de Outubro

Era o meu trigésimo ano rumo ao céu
Quando chegou aos meus ouvidos, vindo do porto
e do bosque ao lado,
E da praia empoçada de mexilhões
E sacralizada pelas garças
O aceno da manhã
Com as preces da água e o grito das gralhas e gaivotas
E o chocar-se dos barcos contra o muro emaranhado de redes
Para que de súbito
Me pusesse de pé
E descortinasse a imóvel cidade adormecida.
Meu aniversário começou com as aves marinhas
E os pássaros das árvores aladas esvoaçavam o meu nome
Sobre as granjas e os cavalos brancos
E levantei-me
No chuvoso outono
E perambulei sem rumo sob o aguaceiro de todos os meus dias.
A garça e a maré alta mergulhavam quando tomei a estrada
Acima da divisa
E as portas da cidade
Ainda estavam fechadas enquanto o povo despertava.
Toda uma primavera de cotovias numa nuvem rodopiante
E os arbustos à beira da estrada transbordante de gorjeios
De melros e o sol de outubro
Estival
Sobre os ombros da colina,
Eram climas amorosos e houve doces cantores
Que chegaram de repente na manhã pela qual eu vagava e ouvia
Como se retorcia a chuva
O vento soprava frio No bosque ao longe que jazia a meus pés.

Pálida chuva sobre o porto que encolhia
E sobre o mar que umedecia a igreja do tamanho de um caracol
Com seus cornos através da névoa e do castelo
Encardido como as corujas Mas todos os jardins
Da primavera e do verão floresciam nos contos fantásticos
Para além da divisa e sob a nuvem apinhada de cotovias.
Ali podia eu maravilhar-me
Meu aniversário Ia adiante mas o tempo girava em derredor.
Ao girar me afastava do país em júbilo
E através do ar transfigurado e do céu cujo azul se matizava
Fluía novamente um prodígio do verão
Com maçãs
Pêras e groselhas encarnadas
E no girar do tempo vi tão claro quanto uma criança
Aquelas esquecidas manhãs em que o menino passeava com sua mãe Em meio às parábolas
Da luz solar
E às lendas da verde capela
E pêlos campos da infância duas vezes descritos
Pois suas lágrimas me queimavam as faces e seu coração
se enternecia em mim.
Esses eram os bosques e o rio e o mar
Ali onde um menino
À escuta
Do verão dos mortos sussurrava a verdade de seu êxtase
Às árvores e às pedras e ao peixe na maré.
E todavia o mistério
Pulsava vivo Na água e nos pássaros canoros.
E ali podia eu maravilhar-me com meu aniversário
Que fugia, enquanto o tempo girava em derredor. Mas a verdadeira
Alegria da criança há tanto tempo morta cantava
Ardendo ao sol.
Era o meu trigésimo ano
Rumo ao céu que então se imobilizara no meio-dia do verão
Embora a cidade repousasse lá embaixo coberta de folhas no sangue de outubro.
Oh, pudesse a verdade de meu coração
Ser ainda cantada
Nessa alta colina um ano depois.

(Dylan Thomas)







quinta-feira, 24 de novembro de 2011

BRINDE VIRTUAL!

Tempranillo espanhol à banda  
COISA DE NINGUÉM
asseverando; 

"...Piedade a nós, que já não conhecemos a linguagem das tempestades."
(Clei de Souza)

Seu Maia, ou; A linguagem das tempestades

"Estranho esse ofício de parafrasear silêncios
Surpreendo penumbras sob o sol das avenidas
Sou um anjo cego tateando abismos
Asas negras nos rodeiam sob o céu dessa cidade
Sou um demônio cansado
Em busca do que me alivie o peso das asas
Um saltimbanco embriagado
Por entre a raiva dos carros
Bicos aduncos nos festejam sob o céu dessa cidade
É tarde...
É tarde até que a tarde chegue
Em nuvens de chumbo e chuva
Piedade a nós
Que já não conhecemos a linguagem das tempestades
E os olhos negros nos farejam sob o céu dessa cidade

Piedade a nós
Que já não conhecemos a linguagem das tempestades."
(letra: Clei de Souza - Música: Jeová Ferreira)

http://www.goear.com/files/external.swf?file=1156904 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011


Brinde Virtual!

Puro malte, 21 anos, para Luiz Tatit

Pois, FELICIDADE, 
só se for valendo;
só mesmo se for de verdade.


"fiz muito pouco aqui pra minha idade;
não me dediquei a nada,
tudo eu fiz pela metade;
por que, então, 
tanta felicidade?..."


"FELICIDADE"
Luiz Tatit

Não sei porque eu tô tão feliz
Não há motivo algum pra ter tanta felicidade
Não sei o que que foi que eu fiz
Se eu fui perdendo o senso de realidade
Um sentimento indefinido
Foi me tomando ao cair da tarde
Infelizmente era felicidade

 
Claro que é muito gostoso
Claro que eu não acredito
Felicidade assim sem mais nem menos é muito esquisito

Não sei porque eu tô tão feliz
Preciso refletir um pouco e sair do barato
Não posso continuar assim feliz
Como se fosse um sentimento inato
Sem ter o menor motivo
Sem uma razão de fato
Ser feliz assim é meio chato
E as coisas nem vão muito bem
Perdi o dinheiro que eu tinha guardado
E pra completar depois disso
Eu fui despedido e estou desempregado
Amor que sempre foi meu forte
Não tenho tido muita sorte
Estou sozinho, sem saída, sem dinheiro e sem comida
E feliz da vida!!!



Não sei porque eu tô tão feliz
Vai ver que é pra esconder no fundo uma infelicidade
Pensei que fosse por aí, fiz todas terapias que tem na cidade
A conclusão veio depressa e sem nenhuma novidade
O meu problema era felicidade
Não fiquei desesperado, não, fui até bem razoável
Felicidade quando é no começo ainda é controlável

Não sei o que foi que eu fiz
Pra merecer estar radiante de felicidade
Mais fácil ver o que não fiz
Fiz muito pouco aqui pra minha idade
Não me dediquei a nada
Tudo eu fiz pela metade, porque então tanta felicidade
E dizem que eu só penso em mim, que sou muito centrado
Que eu sou egoísta
Tem gente que põe meus defeitos em ordem alfabética
E faz uma lista
Por isso não se justifica tanto privilégio de felicidade
Independente dos deslizes dentre todos os felizes
Sou o mais feliz

Não sei porque eu tô tão feliz
E já nem sei se é necessário ter um bom motivo
A busca de uma razão me deu dor de cabeça, acabou comigo
Enfim, eu já tentei de tudo, enfim eu quis ser conseqüente
Mas desisti, vou ser feliz pra sempre
Peço a todos com licença, vamos liberar o pedaço
Felicidade assim desse tamanho
Só com muito espaço!


Minta (Luiz Tatit)-Ná Ozzetti 

sábado, 20 de agosto de 2011

Brinde Virtual!

Barril de chopp pra YAMANDU Costa;
mandando ver no SEM CENSURA

 


Sem Censura - TV Brasil:
http://tvbrasil.org.br/semcensura/

sexta-feira, 18 de março de 2011

Brinde Virtual!

Chardonnay e rosas brancas para Lia Sophia
efêmera e precisa, no programa Sem Censura Pará

Lia Sophia canta no Sem Censura Pará - trechos


quarta-feira, 9 de março de 2011


Brinde Virtual!





Zurrapa qualquer, ou uma torpe sangria de mau gosto para

Ale Rocha

BBB – O zênite do fútil




Viiixe!!!...
No quesito despautério, não dá pra arriscar quem ou o que se destaca; se a idéia e efetivação de um programa onde pessoas são “confinadas” em uma casa irrepreensivelmente luxuosa, a guisa de atração televisiva interativa; ou se o fato de alguém se prestar a discorrer textualmente, enfim, a escrever de forma supostamente (e é só supostamente mesmo) contundente sobre o tal programa... e vale destacar que, nessa postagem vexaminosa, são feitas alusões a um conjunto de valores, sistemas ou tão somente idéias como a “ignorância, dos tais bons costumes e da irritante moral arcaica que insiste em tornar a sociedade em algo chato, monótono, insípido e inodoro...” (propriedade e contundência – em um trecho que não funciona nem mesmo como um fricote de vaidade – nem pensar, né?...)


Mas, por fim... como o próprio autor – que padece de uma inexpressividade latente – “explica” ao final do texto, é pago pra isso...


Seguem um trecho e o link da paspalhice:
"Neste, externo minha indignação com a saída de Talula. É a vitória da ignorância, dos tais bons costumes e da irritante moral arcaica que insiste em tornar a sociedade em algo chato, monótono, insípido e inodoro."


(sério!!! isso foi escrito e publicado!... - é só clicar no link abaixo)

http://bbb11.yahoo.net/blog/167/a-elimina-o-de-talula-e-a-vit-ria-da-ignor-ncia.html

quinta-feira, 3 de março de 2011


Brinde Virtual!

Malbec para Lavoisier, aqui aberta e jocosamente plagiado.

Lei da Conspurcação da Massa (Encefálica):

Na natureza pop nada se cria, 
o talento se perde
e tudo a cifra transforma...














Na pintura, Antoine Laurent Lavoisier

quarta-feira, 2 de março de 2011


Brinde Virtual!

Hi-fi com muito suco e meia dose de wodka barata pra Sandy

Devassando a donzela, 
revirginando a devassa
ou o que o deus marketing instituir!














Que todo mundo tenha um lado blá, blá, blá e etc., vá lá!... mas ganhando 1 milhão de dólares para tê-lo, que gorila não vai dizer que é coelhinho (ou o contrário)?...
Francamente, é bem difícil conseguir recordar outra campanha com tamanha forçação de barra... mas, enfim...

Eis que ressurge, 1 milhão depois, refeita e repaginada – agora devassa, embora ainda pudica – a Virgem-mor do Brasil.
Aproveitando, pois, o balcão do brinde virtual (inaugurado hoje!), este habitué há, por força, de erguer um brinde ao fenômeno onipotente contra o qual nem mesmo a política pode ser tão política.

Ave, Marketing!...



No "24 Horas News":

"Por US$ 1 milhão, Sandy "vira Devassa" em campanha"

Trechos:

"O óbvio seria ir atrás de outra Paris", diz Aaron Sutton, diretor de criação da Mood. "Fizemos o contrário." E qual o lado Devassa da Sandy? "Ela adora luta, é fã de "Ultimate Fighting" [competição de vale-tudo]."

ooooooooohhhh!!!!

"Para mostrar seu outro lado, Sandy vai receber US$ 1 milhão, cerca de US$ 300 mil a mais do que Paris. O contrato é de um ano, renovável."

aaaaaaaaaahhhhh!!!!
rárrárrárrá...

link: 
http://www.24horasnews.com.br/index.php?mat=360776