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domingo, 8 de agosto de 2010

Artistas brasileiros não sabem receber críticas, Regis Tadeu via Yahoo! Colunistas

"Ao saber que os fãs do grupo Avenged Sevenfold ficaram revoltadíssimos com uma crítica escrita pelo jornalista Jeff Weiss no jornal Los Angeles Times (leia aqui – em inglês), fiquei pensando que tal “papagaiada” de adolescentes histéricos e medíocres certamente recebeu a aprovação da banda. E isso acontece aqui no Brasil também. Por isso, é oportuno abordar neste espaço uma verdade quase inquestionável: não apenas os fãs, mas também os artistas brasileiros não estão preparados para ouvir críticas, sejam elas construtivas ou não.

Eu poderia citar inúmeros exemplos disso, até mesmo de artistas cujo trabalho eu aprecio, como é o caso de Ed Motta (veja o cara pagando mico desnecessariamente aqui), mas lembro de um caso em particular, ocorrido anos atrás..."
(íntegra clicando no título)

Comentário:

Ah, o Régis Tadeu

Pode ocorrer das habituais crítica ácidas, tornarem-se um embrulho no estômago mesmo, com ânsia de vômito e tudo.
Sr. Régis.
Crítica, em princípio, é um exame racional.
O problema dessa tal “crítica musical” que até mesmo alguns aventureiros sem qualquer espécie de lastro se arvoram a fazer – e isso à guisa de jornalismo – pode redundar em achaques vaidosos acalorados, claramente emocionais.
O universo da crítica, nesse âmbito abordado pelo senhor, se assemelha ao da própria música enquanto objeto dessa crítica, quer dizer, é possível encontrar pérolas e ainda verdadeiros estrumes absolutamente inúteis.
Não raro, os “críticos” são autoridades auto-nomeadas que, também não raramente, não costumam aceitar opiniões contrárias às suas colocações (o bordão do roto e do esfarrapado), que normalmente se pretendem incontestáveis, o que, por fim, vai de encontro ao que os próprios críticos costumam pleitear, que é a aceitação ao seu trabalho (supostamente, a crítica).
Acredito, por fim, que o vexame e os micos dão-se de parte a parte. Artistas e críticos babacas – mesmo alguns de renome – sobejam, infelizmente.
Como sempre, gostei muito de seu texto, à exceção do triste desfecho, instituindo que quem-não-sei-o-que-isso-e-aquilo-outro deve mudar de profissão. Foi semelhante a um adolescente histérico de uma banda escrota que, à falta de bons argumentos, manda seu crítico tománucú.


Artistas brasileiros não sabem receber críticas, Regis Tadeu via Yahoo! Colunistas: "

Não são apenas os fãs que se revoltam quando seus ídolos são criticados. A grande maioria dos artistas também não sabe interpretar as opiniões contrárias.

"

quarta-feira, 19 de maio de 2010

NA FOLHA DE SÃO PAULO







A MÚSICA!!! Ah, a música...

A celebrização (na acepção mais vazia da palavra) de tudo, resultante da transformação da vida em produto, nivela por baixo todos os referenciais no tocante ao entendimento das idéias do que sejam conceitos como arte, música e mesmo política e religião.

No caso da música, há muito a industria conseguiu substituí-la por quaisquer músicos (ou coisa que os valha), ou mesmo (e pior) por figuras que, caricatas ou sensuais, representem antes de tudo artefatos não necessariamente artísticos.
Por fim, se bem maquiado, com a melhor aparência e um perfume* marcante e de boa fixação, pouca importância tem o que realmente seja; seu produto vai vender.
Logicamente, os resultados beiram o nefasto, ainda que de um belo macaqueado e dissimuladamente bem perfumado, o nefasto.

Na primeira edição do programa “Na Mira do Régis” (segue o link) http://br.video.yahoo.com/watch/7467154/19698626
em um show da “banda Cine” (eu nem conhecia) Régis Tadeu aborda o público (adolescente) e alguns de seus respectivos responsáveis para constatar que música, numa situação destas, é o que menos importa.
Régis, ao final, ironiza a situação fazendo alusão a uma vasectomia, para evitar o azar de dar mais um fã para a banda “muito ruim”, segundo o próprio.

Hoje, na semana seguinte ao programa acima referido, em artigo publicado na Folha de São Paulo, entre consternado e aborrecido Talhes de Menezes discorre sobre “A lista das mais tocadas” consagrando a “canção simplória”.

Triste...
A substituição gradativa e praticamente irreversível do simples (singelo, contudo, podendo encerrar o belo) pelo simplório (patético, tolo), vem relegando a música a um terceiro ou quarto plano de importância – e isto em seu próprio universo – e dando crias cada vez mais robustas e densas da suscitada mesmice simplória; onde, cada vez mais (grave e tristemente), vem se entendendo por boa música estes resultados infalivelmente previsíveis e carregados de uma mediocridade vista como algo valioso. E bote valor! A industria fonográfica e os produtores continuam felizes da vida e, a cada nova temporada, gerando novos semi-deuses de plástico e papelão, com os devidos e tácitos prazos de validade em algum lugar das embalagens bem acabadas; prazos estes que sempre passam despercebidos, mas (quase que invariavelmente), não falham.

(*) metáfora utilizada com todo respeito aos bons perfumistas, aos quais exprimo devotada admiração.

Segue o artigo do senhor Talhes, com a exceção de uma foto (Vitor e Leo), por inépcia minha na edição para o Blog.