terça-feira, 14 de maio de 2013


reportação de Cretinismo
Na REDE

“Mulheres conforto”, isso é tipo um artefato... um objeto sintético... só que vivo, e destituído de vontade. 
Veemência da defesa do indefensável é o zênite da cara-de-pau. 

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link da postagem:
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/prefeito-de-osaka-diz-que-escravas-sexuais-foram-necessidade-de-guerra



Direitos humanos

Prefeito japonês diz que escravas sexuais foram 'necessidade de guerra'

Quase 200.000 asiáticas foram escravizadas em prostíbulos militares em conflito

Tory Hashimoto em Tóquio no dia 29 de novembro de 2012

O prefeito de Osaka, Tory Hashimoto, afirmou nesta terça-feira que as chamadas "mulheres conforto" asiáticas, que foram forçadas pelo exército japonês a prostituir-se durante a II Guerra Mundial, foram uma "necessidade" para manter a disciplina. Rapidamente, políticos japoneses buscaram se distanciar das declarações controversas.
"Quando os soldados arriscam suas vidas sob as balas e devem ter repouso oferecido em algum lado, está claro que precisam de um sistema de mulheres de conforto", disse Tory Hashimoto. Apesar de reconhecer que a escravidão sexual era um "trágico resultado da guerra", Hashimoto também disse a um militar americano em uma visita à base de Okinawa que o "entretenimento adulto" do Japão devia ser mais utilizado pelo Exército americano. Moradores de Okinawa já exigiram a expulsão das tropas americanas do local depois de casos de estupro envolvendo soldados dos EUA.
A declaração do prefeito da principal cidade do oeste do Japão provocou reações de indignação similares às provocadas no ano passado pelo prefeito de Nagoya, que colocou em dúvida a existência do massacre de Nankin de 1937 cometido pelas tropas nipônicas, no qual, segundo a China, foram exterminadas 300.000 pessoas. Quase 200.000 mulheres asiáticas - principalmente coreanas, chinesas e filipinas - foram transformadas em escravas sexuais nos prostíbulos militares japoneses durante a II Guerra. 
"Nos decepciona profundamente que uma personalidade oficial defenda crimes desumanos semelhantes", disse um porta-voz do ministério sul-coreano das Relações Exteriores. "Estamos chocados e furiosos", afirmou a porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei. "O futuro do Japão dependerá da maneira como enfrenta o seu passado", completou.
O Japão já apresentou desculpas pelos "crimes", mas negou qualquer responsabilidade no tratamento que os prostíbulos reservavam às mulheres escravizadas. O secretário-geral do governo, Yoshihide Suga, negou-se a comentar as declarações do prefeito, mas disse que o Japão reconhece os sofrimentos infligidos por Tóquio aos povos vizinhos durante a II Guerra Mundial.
(Com agência France-Presse)

Na REDE


Isso não é lá nenhuma grande novidade, né!?... Nem o flagra e nem a cerca, recorrentemente, pulada.

Então!... a comprovação de que esse tipo de comportamento sempre existiu está no próprio cotidiano... nos casos dos quais quase todo mundo já ouviu falar, ou mesmo presenciou; seja no trabalho, na vizinhança, nos cursos, academias, rodas de amigos, etc... a vigilância 24hs da realidade atual só está escancarando tudo, enquanto meio que relativiza o conceito de vida privada.
Agora, quem vê TV, vê na chamada de uma novela - no maior canal de novelas - uma personagem (da atriz Giulia Gam) afirmando algo como "a gente precisa lutar pelo homem amado, mesmo que ele seja casado" (isso até rima!) e, ao que parece, o tal do lutar, era algo como armar um encontro dos amantes para forçar um flagrante e acabar com o casamento. Em outra situação - outra chamada em um outro canal - a "menina" lindíssima (não sei quem é a atriz), em uma conversa, pergunta "qual o problema em querer mudar de vida?" e, para tanto, também precisaria desfazer um casamento para ter o "meio" (um marido qualquer que deve ser amante dela) para tal mudança... seria uma nova tendência nos relacionamentos? o casamento, enfim, é só um ritual cada vez mais caro e pomposo, e cada vez mais vazio de sentido?...
Francamente, eu não sei a resposta.

ESTADO.COM.BR - Blogs
Sonia Racy

link desta postagem:
http://blogs.estadao.com.br/sonia-racy/inaopode/

“Inãopode”

14.maio.2013 | 1:03

O mundo de Iphones e Ipads sincronizados resultou, semana passada, em divórcio. Ao se comunicar com o amante por SMS, conhecida socialite esqueceu de detalhe importante: havia emprestado seu Ipad… ao marido. Resultado? Ele acompanhou toda a “conversa” ao vivo.

sexta-feira, 10 de maio de 2013


Hookers 


Para além da rígida observação aos procedimentos de praxe (logística, organização, capacitações, antecipação, etc...) o sucesso de um evento de proporções mundiais, como a Copa de 2014, possivelmente guarda relações com a afirmação, a manutenção e a apregoação dos hábitos do país sede. 
As demais nações participantes decerto prescindem de esclarecimentos sobre a cultura local, os costumes, a gente e as particularidades que caracterizam o país que às recebe... (Ou não???...)
Ao menos segundo a página "SportWereld"(Holanda - salvo equivoco); outra coisa, não! Mas, a putaria - como sempre (o que qualquer brasileiro observa numa situação destas) - é garantida no Brasil.
Conforme demonstrado na postagem, nossas meninas - como excelentes anfitriãs que são - já estão "afiando a língua" (apesar das aspas, não é um trocadilho jocoso) para bem recepcionar aos turistas.
Pesarosamente - no caso - costumes, são costumes...

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Prostituees in Brazilië leren Engels voor Wereldbeker Voetbal 2014

donderdag 2 mei 2013 om 16u59

link:

De meisjes van plezier in Belo Horizonte, gaststad voor de Confederations Cup en het WK voetbal in 2014, krijgen Engelse lessen aangeboden om de toeristen goed te kunnen ontvangen. Meer dan 300 vrouwen gingen al op het aanbod in van de Vereniging van Sexwerkers in de staat Minas Gerais.










É a gringa esculachando o país antes mesmo da coisa toda começar... (Ou não!!!?...)


Terruá Parááááá, e tals...




Divulgada a agenda de shows da Mostra Terruá Pará de Música

A etapa de apresentações inicia na próxima terça-feira, dia 14
Divulgada a agenda de shows da Mostra Terruá Pará de Música

Os 72 artistas selecionados para a Mostra Terruá Pará de Música - edição 2013 - preparam repertório e apresentações memoráveis, pois a etapa decisiva para saber quem serão os 12 que vão integrar os shows do Terruá pelo Brasil está para começar. E quem sai ganhando ainda é o público que poderá conferir, gratuitamente, as apresentações musicais. Serão 12 terças-feiras de muita musicalidade e animação no teatro Margarida Schivasappa.
Confira a relação completa dos shows:
*Na ordem de apresentação (de baixo para cima)

14/05
Mestre Curica
Juca Culatra
Projeto Charmoso
Marcel Barretto
Almino Henrique
Toninho Nascimento

21/05
Dona Onete
Toni Soares
Sebastião Tapajós
Pedrinho Cavallero
Adamor do Bandolim
Grupo de Carimbó Raiz de Cafezal

28/05
Gang do Eletro
Tonny Brasil
Pim
Kim Freitas
ZebraBeat Afro-Amazônia Orquestra
Guitarrada-Açu

04/06
Metaleiras da Amazônia
Delinquentes
Enquadro
Sikoka
Grupo de Carimbó Sancari
Clave da Lua

11/06
Banda Fruto Sensual
Mestre Solano
Ana Clara
Mestre Max do Sax
Elder Effe
Creuza Gomes

18/06
Almirzinho Gabriel
Pio Lobato
Natália Matos
Arthur Espíndola
Mestre Damasceno
Antonio Novais

25/06
Viviane Batidão
Jaloo
Laurentino e os Cascudos
Bruno B.O.
La Orchestra Invisível
Grupo de Músicas Regionais Águia Negra

02/07
Luê
Ely Farias
Davi Amorim
Ronaldo Silva
Rafael Lima
Allan Carvalho

09/07
Mestre Vieira
Coletivo Rádio Cipó
Pedrinho Callado
Vynil Laranja
Turbo
Espoleta Blues

16/07
Manoel Cordeiro
Manezinho do Sax
Camila Honda
Zarabatana Jazz Band
Sonia Nascimento
Grupo de Tradições Marajoara Cruzeirinho

23/07
Madame Saatan
Manari
Strobo
Loopcínico
Cronistas de Rua
Som de Pau Oco

30/07
Felipe Cordeiro
Banda ARK
João Gonsalves e Os Populares de Igarapé-Mirim
Aíla
Olivar Barreto
Molho Negro
SERVIÇO:
Mostra Terruá Pará de Música. Período: de 14 de maio a 30 de julho.
Todas as terças-feiras às 20h, no Teatro Margarida Schivasappa - Centur (Avenida Gentil Bittencourt, 650 - Nazaré)
Entrada Franca, com retirada de ingressos no dia dos shows na bilheteria do teatro (das 9h às 12h e das 15h às 18h). Sujeito à lotação.

link do PORTAL CULTURA:

terça-feira, 23 de abril de 2013



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Sobre o atentado a bomba na Maratona de Boston
No
Pragmatismo Político

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/04/a-outra-historia-do-atentado-em-boston-espetaculo-em-cinco-atos.html



A outra história do atentado em Boston: espetáculo em cinco atos

Postado em: 22 abr 2013 às 15:44

Cai a cortina. E, como em qualquer espetáculo teatral, o público aplaude os atores. Eles desfilam em seus carros com luzes que piscam vermelhas e azuis, os tanques antibombas passam sob um frenesi de uma sociedade que, desde 11 de setembro de 2001 vive a frustração por não ter conseguido caçar os terroristas que abalaram o orgulho nacional

CAÇADA HUMANA,
ESPETÁCULO EM CINCO ATOS (OU, CINCO DIAS)
Roteiro, Direção e Sonoplastia – CIA, FBI, POLÍCIA DE BOSTON
Participação Especial – Sociedade Americana
Narração – Fox News
Era Boston, início da tarde de 15 de abril, numa primavera sonolenta e ainda fria, quando dois irmãos saíram de casa. Nas costas carregavam um elemento cada dia mais demonizado pela sociedade americana: mochila. E essa tinha seus perigos. Ela transportava uma bomba. Caseira, rudimentar, de baixo impacto, de fácil feitura, numa panela de pressão. Mas continuava sendo uma bomba. E bombas, de nêutrons ou caseiras, são construídas com o mesmo objetivo. Para matar. Sempre.
Os jornais da cidade de Boston naquela segunda-feira, dia da “segunda maratona do mundo” (a primeira continua sendo a grega) trazem notícias corriqueiras., além do assunto do dia, a maratona . Nas primeiras páginas do jornais de Boston, New York, Washington, Chicago, Miami, nenhuma linha sobre o que acontecera na véspera, domingo, 14 de abril. Naquele dia, 30 pessoas, entre elas oito crianças, foram mortas por um drone no Afeganistão. A máquina da morte confundiu uma cerimônia de casamento com ato terrorista. Há quem concorde.
São 2h17min da tarde de 15 de abril na bela e culta cidade de Boston. Correrias, sirenes, multidão em polvorosa. A bomba havia explodido. Quatro pessoas são envolvidas em sacos plásticos. Mortas. Outras 160 se espalham pela rua interditada e pelas calçadas. Feridas. Comoção nacional. Não pelo drone que matou 30 pessoas inocentes. Mas pelo “ato terrorista” que matou quatro inocentes, entre eles um garoto e 160 feridos. Um deles, com pernas amputadas.
24 horas do atentado, nenhum suspeito. Nada. Nenhuma testemunha mas (as conjunções adversativas sempre mudam a história do mundo), surge a primeira imagem, um primeiro suspeito. Alguém que andava sobre os telhados na hora da maratona.
As especulações qual coriscos ensandecidos, riscam os céus de Miami, Chicago, Washington, New York e Boston. “Isso é coisa do Tea Party”, reclamam uns. “Parece que foi ação de quem é contra a alta de impostos”, bradam outros. Ninguém se lembra de que o Congresso dos EUA está, nesse momento, discutindo uma Lei de Migração menos draconiana. A discussão arrepia e traz pesadelos para a extrema direita e seu atual líder, senador pela Flórida, Marco Rúbio. Filho de cubanos fugidos da ilha nos 60.
Quarta-feira, 17 de abril. A câmera de um “anônimo” traz, finalmente, aquilo que mais de 300 milhões de americanos esperavam. A imagem de dois rapazes. Eles e suas e suas mochilas. Os dois próximo à lixeira onde a bomba fora deixada.
irmãos tsarnaev atentado boston
Irmãos Tsarnaev, suspeitos de atentado em Boston (Foto: Divulgação
Ainda é 17 de abril. A voz da âncora da Fox News ecoa pelos ares de um país em pânico. Mas, antes de qualquer pronunciamento oficial, a âncora da Fox News canal de televisão de Rupert Murdoch (a mesma que se recusou a acreditar na reeleição de Obama) deixa escapar o cheiro da panela. Um cheiro de Islam servido num samovar.
17 de abril, em Boston, a câmera com imagem dos dois irmãos, de nomes impronunciáveis no Ocidente, se junta a outras câmeras. A CIA entra em ação para ampliar as imagens que mais a interessavam A dos dois irmãos. A Polícia de Boston nega ter feito a captura de qualquer suspeito.
Já é quinta-feira, 18 de abril. CNN, com seu noticiário desbotado e Fox News exigindo vingança passam a centralizar o noticiário na busca dos “terroristas”. Às nove da noite desse dia, as imagens dos dois irmãos surge nas telas das redes sociais com a tarja “Wanted” (Procurados). A mesma tarja utilizada na colonização da costa Oeste do país para encontrar pistoleiros ou ladrões de gado, de banco…
Ainda é quinta-feira. Dez da noite. O lado Leste dos EUA já se entregou ao sono. A sociedade estadunidense dorme cedo. Mantém até hoje hábitos rurais, com algumas exceções. Na Fox News, uma voz embargada de emoção anuncia que uma loja de conveniências foi assaltada. Eram os dois irmãos. Eles também fizeram um refém, o dono de uma Mercedes SUV (Sport Utility Vehicule), um jeep possante. O refém escapa enquanto os irmãos assaltam a loja. Nem o FBI, nem a CIA, nem a Polícia de Boston mostra a loja do assalto e muito menos o cidadão sequestrado.
A partir daí, a tarja “Wanted” pode ser substituída pela tarja “Fiction”. Ou, acredite, se quiser. Porque, nessa tragédia, com cinco mortos (os quatro pela bomba e um dos irmãos pela polícia) a verdade de substantivo abstrato, torna-se substantivo volátil.
10h30min da noite de quinta-feira, os dois irmãos, mesmo num carro possante, não tinham se afastado tanto do local do sequestro seguido de roubo. A Polícia cerca o carro. Uma câmera imóvel filma o tiroteio. O som dos tiros são nitidamente de armas do mesmo calibre. Mas a versão oficial informa que a polícia foi recebida com bombas, embora o vídeo de câmara parada não mostre nenhuma explosão.
O mais velho dos irmãos é preso (ou se entrega, ninguém sabe). E morre “a caminho do hospital”. Ou vocês pensavam que só bandido brasileiro morre a caminho do hospital depois de “intensa troca de tiros”?
O irmão caçula, ferido, consegue escapar. Deixa um rastro de sangue, mas a polícia não segue as pegadas frescas. Desloca-se para uma pacata cidadezinha, Watertown para vasculhar a casa onde, afirmam as autoridades, viviam os irmãos. A essa altura, o telespectador já sabe que eles são estrangeiros. Vieram da sofrida Chechênia, país localizado numa região onde a morte chega pelas mãos das tropas de ocupação do Afeganistão. Ou, pela arma mais abjeta criada pela indústria armamentista dos Estados Unidos, o drone.
Os repórteres, âncoras e comentaristas se entreolham decepcionados. Por que Chechênia? Afinal de contas, Chechênia, é um país invadido pela Rússia. Seus imigrantes têm direito ao status de “refugiados”. Ou seja, os dois estavam fugindo do antigo inimigo número um dos EUA, a poderosa União Soviética. Um fantasma que por mais de cinco décadas povoou os pesadelos dos americanos. Não fazia sentido, bradavam os analistas e especialistas em Segurança e Terrorismo.
Helicópteros, carros antibombas, agentes com colete do FBI, Polícia de Boston, sirenes incessantes. A casa é cercada. São 10h30 da manhã de 19 de abril. A caçada fora iniciada doze horas antes. O movimento é acompanhado por centenas de jornalistas e canais de TV. As ruas da cidade foram fechadas. Ninguém entra ou sai. Os vôos, cancelados. Boston e seus arredores transformam-se em cidades sitiadas. “Estou no meio da guerra” dizia ao microfone um repórter da Fox News num cenário onde não se via carros ou pessoas.
Pé ante pé, rodeados por câmeras de grandes e pequenos canais de TV, batalhões de policiais, agentes do FBI, especialistas em desarmar bombas, helicópteros de guerra sobrevoam a pacata Watertown.
A âncora da Fox News baixa o tom de voz dramaticamente para dizer, “o procurado é uma pessoa de extrema periculosidade”. Ela está rouca e muito excitada. A polícia, qual seriado de TV, põe a arma em diagonal (nunca entendi porque as armas ficam na diagonal da mão quando a polícia busca criminosos). Chegam à casa onde viveriam os dois irmãos. Não se ouve nada. Nenhum som.
Frustração. Os policiais abandonam o interior a busca. E saem declarando que havia um verdadeiro arsenal dentro da casa vazia. E muitas bombas, algumas delas de alto poder destrutivo e que “exigem treinamento para sua fabricação. Não há imagens do arsenal.
Só um protesto diante da cena. A tia dos dois irmãos é advogada. Sem papas na língua. E vive no Canadá. Quando uma jornalista lhe pergunta o que acha do fato de seus sobrinhos terem bomba em casa, ela, voz firme, com forte sotaque do Leste europeu: “Evidências. Quero evidências de que havia bombas. Quem está informando sobre as bombas é o FBI e a CIA. Mas não há evidências”. E até agora as evidências continuam no anonimato.
Ninguém contesta a informação. Ninguém se pergunta por que os dois irmãos, “pessoas de extrema periculosidade” deixaram em casa bombas potentes e usaram uma outra de baixo impacto.
“Necessidade de treinamento para a fabricação”. A frase, parece solta ao acaso. Mas não se iludam. É o primeiro passo, o primeiro elo com o “terrorismo” (leia-se “terrorismo islâmico”).
14h30min de 19 de abril. A caçada continua sem pistas da pessoa de “extrema periculosidade”. A essa altura, na cozinha da Fox News, a panela de pressão assovia. Na tela o sinal de “Alert”, ou seja, vem notícia bombástica (sem trocadilhos).
E, para um público que, passivamente se deixa impregnar pelo noticiário como se fossem gansos alimentados para que seus fígados engordem e se transformem em paté de “foie gras”, a voz que alicia multidões diz que…tchan…tchan…tchan, o mais velho dos irmãos passou “seis meses na Chechênia.
Que absurdo! Como é que um checheno tem a ousadia de passar seis meses na Chechênia, mesmo morando no país mais rico e poderoso do planeta? Isso é crime. É sinal explícito de militância terrorista.
Mas ainda não era tudo. Os ponteiros do relógio avançavam. A caçada ia a passos de um velho celacanto. Nessa época do ano, o dia invade a noite. Só se deixa vencer quando não mais consegue provar o poder do sol.
As tropas tomam outra direção. Agora procuram um barco ancorado na terra. Lá está um adolescente. Ferido. Sangrando.
São 19h30 em Boston e seus arredores. A claridade é suficiente para encontrar filhotes de esquilo em mata fechada. Os helicópteros continuam vasculhando céu, terra. As tropas do país mais armado do mundo parecem perdidas. O bombardeio da Foz News sobre os gansos repete exaustivamente as mesmas informações. Em tons de filme macabro ou novela policial, os âncoras se revezam em adjetivos. Os gansos estão quase a ponto de virar patê de foie gras, explodindo de ódio contra os seguidores do Alcorão.
A luminosidade cede lugar às primeiras escuridões. A Fox News, num tom solene anuncia que o aparato policial “avança com cautela” porque quer pegar o irmão sobrevivente “vivo”. Como se fosse uma grande concessão.
21 horas. Já é noite de 19 de abril em Boston, em Watertown, Miami, New York e Washington. Em Chicago ainda há luz. A escuridão impede imagens nítidas mesmo para câmeras poderosas. E… “cantemos ao senhor”, a pessoa de “extrema periculosidade” é capturada. Está ferida. Perdeu muito sangue por quase 24 horas. Debruçados sobre um corpo magro, os paramédicos impedem telespectadores de olhar a cara do “terrorista” que é levado para o hospital. Os helicópteros com luzes infravermelho retornam à base.
Cai a cortina. E, como em qualquer espetáculo teatral, o público aplaude os atores. Eles desfilam em seus carros com luzes que piscam vermelhas e azuis, os tanques antibombas passam sob um frenesi de uma sociedade que, desde 11 de setembro de 2001 vive a frustração por não ter conseguido caçar os terroristas que abalaram o orgulho nacional.
O espetáculo que se encerra com os habitantes de toda uma cidade carregando flores ou velas protegidas por saco de papel cantando “God save America. My home, sweet home/ God save America/ my home sweet home, numa verdadeira catarse nacional.
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do
http://www.citador.pt/textos/tu-es-uma-mulher-rara-fiodor-dostoievski


Pensamento

Fiodor Dostoievski
Russia
1821 // 1881Escritor
Tu És uma Mulher RaraMinha Anuska, onde foste buscar a ideia de que és uma mulher como outra qualquer? Tu és uma mulher rara, e, além do mais, a melhor de todas as mulheres. Tu própria não sonhas as qualidades que tens. Não só diriges a casa e as minhas coisas, como a nós todos, caprichosos e enervantes, a começar por mim e a acabar no Aléxis. Nos meus trabalhos desces ao mais pequeno pormenor, não dormes o suficiente, ocupada com a venda dos meus livros e com a administração do jornal. Contudo, conseguimos apenas economizar alguns copeques - quanto aos rublos, onde estão eles?

Mas a teu lado nada disso tem importância. Devias ser coroada rainha, e teres um reino para governar: juro-te que o farias melhor que ninguém. Não te falta inteligência, bom senso, sentido da ordem e, até... coração. Perguntas como posso eu amar uma mulher tão velha e feia como tu Aí, sim, mentes. Para mim és um encanto, não tens igual, e qualquer homem de sentimentos e bom gosto to dirá, se atentar em ti. Por isso é que às vezes sinto ciúmes. Tu própria nem sabes a maravilha que são os teus olhos, o sorriso e a animação que pões na conversa. O mal é saíres poucas vezes, se não ficarias admirada com o teu êxito. Para mim é melhor assim - no entanto, Anuska, minha rainha, sacrificaria tudo, até os meus ataques de ciúmes, se quisesses sair e distraíres-te. Sim, muito gostaria que te divertisses. E se tivesse ciúmes, vingava-me querendo-te ainda mais.

(...) Enfim, não deves admirar-te que te queira tanto, como marido e como homem. Sim, quem, se não tu, me estraga com mimos? Quem, se não tu, se fundiu comigo em corpo e alma? Todos os segredos, nesse ponto nos são comuns! E não havia eu de adorar cada átomo da tua pessoa e beijar-te como te beijo? Tu não podes compreender a mulher-anjo que és.
Mas eu provo-to, quando voltar. Que eu sou de temperamento apaixonado, mas pensas que outro temperamento apaixonado possa amar a tal ponto uma mulher como eu to provei milhares de vezes? É verdade que essas provas antigas não contam, e agora, quando voltar, parece-me que te devorarei com beijos. (Ninguém lerá esta carta, nem tu a mostrarás a ninguém).

(...) Escreves-me a frase do costume: que somos umas pessoas muito estranhas - decorreram dez anos e amamo-nos cada vez mais. Se vivermos ainda mais dez anos, dirás então: somos umas pessoas muito estranhas - vivemos juntos vinte anos e amamo-nos cada vez mais. Por mim, respondo eu. Mas viverei ainda dez anos?

(...) Anuska, estou a teus pés. Beijo-te e adoro-te. Rezo por ti e para ti. Beijo-te toda, toda. Beijo os pequenos. Diz-lhes que o paizinho não tarda. Ah, meus queridos, que Deus vos guarde.


Fiodor Dostoievski, in 'Carta a Anna Grigórievna Snítkina (1876)'

segunda-feira, 1 de abril de 2013



Fóda...


   
"Frase Seleta"

quarta-feira, 6 de março de 2013


Control "C" Control "V"

No Citador

http://www.citador.pt/textos/a-virtude-pura-nao-existe-nos-dias-de-hoje-michel-eyquem-de-montaigne

"A Virtude Pura não Existe nos Dias de Hoje Numa época tão doente como esta, quem se ufana de aplicar ao serviço da sociedade uma virtude genuína e pura, ou não sabe o que ela é, já que as opiniões se corrompem com os costumes (de facto, ouvi-os retratarem-na, ouvi a maior parte glorificar-se do seu comportamento e formular as suas regras: em vez de retratarem a virtude, retratam a pura injustiça e o vício, e apresentam-na assim falsificada para educação dos príncipes), ou, se o sabe, ufana-se erradamente e, diga o que disser, faz mil coisas que a sua consciência reprova.


(...) Em tal aperto, a mais honrosa marca de bondade consiste em reconhecer o erro próprio e o alheio, empregar todas as forças a resistir e a obstar à inclinação para o mal, seguir contra a corrente dessa tendência, esperar e desejar que as coisas melhorem."

"Michel de Montaigne, in 'Ensaios - Da Vaidade'"
Michel de Montaigne
Michel Eyquem de Montaigne Ensaísta-escritor França 1533-1592

quarta-feira, 15 de agosto de 2012




Control "C" Control "V"



em 03/08/2010, do 


Per Fas Et Per Nefas




“Complexo antirromano”, pura hipocrisia ou as duas coisas?



Corriqueiramente, deparo-me em salas de aula e em alguns debates com perguntas e reflexões do tipo: “Então, Bento XVI é um grande conservador, não?”; “O papa está retrocedendo em algumas posições da Igreja?”; “Bento XVI é um reacionário?”; “O pontificado de Ratzinger, junto com o de Wojtyla, foi um passo atrás da Igreja”. De fato, estes posicionamentos são os mais comuns, não só entre alunos e colegas na universidade, mas podem ser tomados como sintomas do modo como a opinião pública se constitui: repete-se aqui e ali um parecer sobre um fato específico, e aquele parecer, no fim das contas, assume um caráter de verdade. Goebbels, o ideólogo do nacional-socialismo já afirmava: “uma mentira repetida muitas vezes se torna verdade”.
Não que esta posição seja uma mentira stricto sensu. É um olhar. Uma interpretação dos fatos. Contudo, de interpretação passa a ser tomada como verdade, realidade pura e simples, e quem geralmente a profere, o faz sem conhecimento de causa, apenas repetindo e assumindo uma posição que nem sabe aonde está fundamentada, muito menos seus impactos. Já disseram por aí que a democracia sofre desse mal. Sua natureza tende para a retórica e para a superficialidade.
Podemos tomar como exemplo um momento que me aconteceu em um curso que ministrei sobre religiões africanas e afro-brasileiras. Como é sabido, o Brasil constituiu-se como povo tendo um forte influxo dos povos cativos trazidos da África durante, mais ou menos, três séculos. Nota-se que traços culturais destes povos marcaram indelevelmente nossa cultura, da música à nossa maneira de cozinhar. Contudo, observa-se, com relativo acerto, que viramos o rosto para este fato e que existe uma grande necessidade de “revalorizar”, de “resgatar” – para usar o jargão de certos grupos – a cultura afro-brasileira e sua importância para o País. Além disso, reclama-se da ignorância que permeia os discursos de certas pessoas sobre a realidade africana, no caso, a das religiões brasileiras que possuem raízes africanas, como por exemplo, ver toda manifestação religiosa afro-brasileira como “magia negra”. De fato, certa valorização destas culturas, a fim de que possamos entender melhor “o que faz o Brasil, Brasil”, como diria Da Matta, é muito importante. Nota-se, inclusive, que certos grupos religiosos ligados ao candomblé nagô (yorubá) visam resguardar os traços originais de sua religião e que já se apresentavam na África, como a tradição específica no toque nos tambores e também o uso da língua africana em seus rituais. Bem, é aí que começam a aparecer algumas contradições. Os mesmos grupos – e aqui não me refiro exclusivamente a grupos ligados às religiões afro-brasileiras, mais àqueles, como certas ONGs, que se dedicam a manter vivas culturas autóctones, como por exemplo, as indígenas brasileiras – que geralmente clamam e levantam bandeiras de defesa de suas raízes culturais contra um mundo capitalista hostil, que transforma tudo em mercadoria, são, geralmente, aqueles que, tratando-se de Roma – do papado, entenda-se bem –, acusam certas posições de Bento XVI como “retrógradas”, “reacionárias”, “conservadoras” ou coisa que o valha. “Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros”, já diria profeticamente George Orwell, no contumaz A revolução do bichos. Ora, se a defesa das “raízes culturais” deste ou daquele grupo é tão publicamente proferida e importante na manutenção de uma pretensa “identidade”, por que as atitudes de Bento XVI, como por exemplo – e pensando como um dos principais atos deste pontificado – a liberação da dita “missa tridentina” sem a necessária autorização do bispo, é tachada rapidamente por alguns como simples “retrocesso”? Por que a utilização de epítetos nada agradáveis aos ouvidos modernos, como “reacionário” ou “conservador” – mesmo que não tenham a mínima noção do que significam -, já que ele (o papa) também parte de uma mesma prerrogativa, isto é, zelar para que um patrimônio de séculos não se perda frente à desconstrução pós-moderna? Não posso entender tal atitude de outra forma senão como hipocrisia. Ou talvez possa. Hans urs von Balthasar, teólogo de renome do século XX, falava em um de seus livros, publicado em 1974, de “complexo antirromano”, fenômeno de longa data. Grosso modo, Balthasar afirma que tal complexo vai se caracterizar pela posição de negação de tudo o que vem de Roma, e isso quer dizer, do papa.
Não podemos vislumbrar ainda, a longo prazo, o que alguns posicionamentos de Bento XVI vão trazer de benefícios para a estrutura eclesial como um todo. De fato, como já dito aqui outras vezes, o que me parece é que seu intuito é o de reequilibrar as forças atuantes em seu interior. Do Vaticano II, aos excessos – que ninguém nessa altura dos acontecimentos pode negar – ocorridos em vários campos, inclusive e especialmente o da liturgia, advindos de uma leitura que marca as “novidades” do evento conciliar, aquela que fala em nome do “espírito do concílio”, o que Bento XVI parece fazer é tentar resguardar o que a história do cristianismo nos legou até hoje, ou seja, cuidar de suas “raízes culturais”, não permitindo que sejam sorvidas pelos ventos de um desejo de aggiornamento a qualquer custo (Jacques Maritain dizia na época que com o concílio a Igreja tinha se ajoelhado para o mundo) que, por vezes, demonstra-se, para muitos, como infecundo e, pior, como incompreensível e forçado esquecimento.

quinta-feira, 12 de julho de 2012



MÚSICA



Guitarrada com Mestre Vieira

"Em forma e bonito, sempre..."
(Mestre Vieira)


Matéria do Jornal Liberal 1ª Ed - TV Liberal (12/07/12), sobre os eventos em comemoração aos 50 anos de carreira do Mestre.