"...em país cujo sistema jurídico aceita ladrões nas altas cúpulas do governo, seria discriminação não aceitar ladrões na rua."
O Brasil segue desevolvendo-se; ou melhor, crescendo(?...) enquanto um país que desaba nos buracos que cava todo santo dia.
E, como diria vovó Tereza, por pura "severgõíce".
Mais um tirste bom motivo para se lamentar o cego comodismo festivo que grassa o país.
Ótimo o artigo no blog do Janer Cristaldo, sobre "flanelinhas" e colarinhos:
Segue o artigo:
"Sábado, Setembro 25, 2010
EXTORSÃO LEGALIZADA
O regime cubano divulgou ontem lista de 178 profissões que poderão ser exercidas pela iniciativa privada na ilha. Entre elas, estão atividades como descascador de frutas naturais, consertador de guarda-chuva e penteador de tranças. Ou seja, descascar frutas, consertar guarda-chuvas e pentear tranças eram ofícios que não podiam ser exercidos por um cidadão qualquer que não fosse funcionário público. Nada de espantar em um regime em que um restaurante não pode servir mais de doze pessoas e uma barbearia não pode ter mais de três cadeiras.
Isso que Fidel Castro, em gesto de extrema generosidade, havia liberado os restaurantes particulares que funcionavam clandestinamente em Cuba. Mas, para que não concorressem com os restaurantes públicos, só podiam servir até uma dúzia de pessoas por vez, não podiam vender carne de boi nem mariscos e estavam sujeitos a altos impostos. No paraíso proletário, tudo deve ser feito para que ninguém corra o risco de enriquecer.
Dia 13 de setembro passado, a ditadura anunciou que ao menos 500 mil funcionários estatais de Cuba serão demitidos até março de 2011. As regras permitirão que 250 mil cubanos passem a trabalhar por iniciativa própria. Traduzindo: o Estado cubano descobriu que não dá pé manter empregos de mentirinha só para dizer ao mundo que em Cuba não há desemprego.
Enquanto Cuba tenta chegar ao século XX – já nem falo ao XXI – o Brasil regulamenta profissões inúteis. Aliás, nisto somos pródigos. O Brasil é um dos raros países que conheço onde existem ascensoristas. Como se quem usa um elevador fosse incapaz de apertar um botão. Onde existem também cobradores nos ônibus. Pior ainda: quando se introduziram catracas nos ônibus de São Paulo, os sindicatos protestaram e mantiveram os cobradores. Hoje, você tem catracas e mais um cobrador, que olha você colocar seu tíquete na catraca. Ou aproveita seu ócio para dormir.
Leio no Estadão que, por R$ 51 mensais, um sindicato em São Paulo oferece "segurança jurídica", uniformes, cadastro e registro profissional em carteira de trabalho para flanelinhas da capital. No vácuo da ausência de regras municipais, a entidade, que abriu as portas ao público em agosto, tem como respaldo uma lei federal de 1975. A promessa é de que o associado nunca será preso se apresentar o registro de "guardador e lavador de veículos automotores".
Ou seja: a extorsão está legalizada em São Paulo. Por 51 reais, está garantido a qualquer vagabundo extorquir seu dinheiro. Caso você não pague, terá o carro riscado ou os pneus furados. São ameaças que não me atingem. Não tenho carro, nunca tive. Primeiro porque não gosto de carro. Segundo, porque com carro não se vai longe. Um outro motivo são os flanelinhas. Às vezes, de carona com algum amigo, somos atacados por um desses extortores. Minha vontade é de enfiar-lhe uma bala na testa. Ainda bem que tampouco tenho revólver.
Flanelinha é assaltante. Que país é este em que se regulamenta a profissão de assaltante? Onde há um sindicato de assaltantes? A carteira de flanelinha é obtida pela assessoria jurídica do sindicato na Delegacia Regional do Trabalho – diz a notícia –. Cerca de 200 cadastrados aguardam a emissão do registro. Em menos de dois meses, oito flanelinhas já conseguiram. Dois deles trabalham para cerca de 30 clientes fixos na esquina das Ruas Estados Unidos e Haddock Lobo. Outros dois atuam na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, perto do Ginásio do Ibirapuera.
Segundo o advogado do sindicato, "a profissão é legal e prevista em lei. Eu vou na delegacia e retiro qualquer associado nosso que for autuado na rua". Ele carrega em sua pasta o registro sindical da entidade, emitido em outubro de 2007 pelo Ministério do Trabalho, e uma cópia encadernada da lei do senador Eurico Rezende, que há 35 anos tornou legítima a profissão de guardador de carros. O sindicato estima que a capital tenha 15 mil flanelinhas. O objetivo é regularizá-los por regiões.
Não tenho carro, dizia. Mas me indigno pelos que têm. Você paga à Prefeitura para estacionar e além disso tem de pagar ao vagabundo para não ter o carro danificado. A lei confere ao assaltante o direito de assaltar. Pior que tudo, os proprietários de carros aceitam passivamente a extorsão, como se assaltar fosse direito líquido e certo de quem quer que se habilite ao ofício.
Enfim, em país cujo sistema jurídico aceita ladrões nas altas cúpulas do governo, seria discriminação não aceitar ladrões na rua."
- Enviado por Janer @ 11:31 PM
(http://cristaldo.blogspot.com/)
terça-feira, 28 de setembro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
O inferno brasileiro
Nós, nossa muito estimada maquiagem, e nossa obstinada opção pela cegueira...
Atualmente, a noção de herói é de tal forma deturpada, que verdadeiros imbecis (no lugar dos quais a maioria de seus “adoradores” faria tão bem – ou até melhor – o que tais patetas fazem) notabilizam-se não por singularidades e menos ainda por quaisquer grandiosidades. Antes, são resultados de ações dissimuladas que disfarçam o mais reles sapo num garboso príncipe.
Texto de Olavo de Carvalho (clicar no título abaixo):
O inferno brasileiro
"O que se passa no Brasil não é uma “degradação dos costumes”: é a destruição premeditada de todas as escalas, a inversão sistemática de todos os valores."
"No inferno não há degradação, porque não há a presença do bem para graduá-la."
Atualmente, a noção de herói é de tal forma deturpada, que verdadeiros imbecis (no lugar dos quais a maioria de seus “adoradores” faria tão bem – ou até melhor – o que tais patetas fazem) notabilizam-se não por singularidades e menos ainda por quaisquer grandiosidades. Antes, são resultados de ações dissimuladas que disfarçam o mais reles sapo num garboso príncipe.
Texto de Olavo de Carvalho (clicar no título abaixo):
O inferno brasileiro
"O que se passa no Brasil não é uma “degradação dos costumes”: é a destruição premeditada de todas as escalas, a inversão sistemática de todos os valores."
"No inferno não há degradação, porque não há a presença do bem para graduá-la."
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Olavo de Carvalho
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Em vídeo Sergio Cabral, ao lado de Lula, chama rapaz de otário e sacana | .:: Tribuna do Sisal ::.
Olhaê o Brasilzão fazendo tolice!... (só pra variar)
Em vídeo Sergio Cabral, ao lado de Lula, chama rapaz de otário e sacana .:: Tribuna do Sisal ::.
Em vídeo Sergio Cabral, ao lado de Lula, chama rapaz de otário e sacana .:: Tribuna do Sisal ::.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Stallone tinha razão, é?...
Bem... ao menos eu não consegui evitar o estarrecimento e a perplexidade após essa bofetada...
Certa, contudo, é a boa bilheteria do filme do Stallone aqui no Brasil e, VERDADE ABSOLUTA, é que o Brasil já decepciona e emputece há muito tempo. E o tal do brasileiro que se ofende com depreciações de outros países, se orgulha, não desiste nunca e tudo mais; de hábitos e valores à noções políticas e referenciais culturais, sempre se adequa, e com uma devoção canina, a tudo o que lhe é vomitado na cara; claro, desde que se possa carnavalizar o final. Quem puder, com propriedade e pertinência, que arrisque alguma defesa a este ataque, penso eu, indefensável!...
Stallone está certo
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 28 de julho de 2010
A mídia inteira está brabíssima com Sylvester Stallone porque ele disse que no Brasil você pode explodir o país e as pessoas ainda lhe agradecem, dando-lhe de quebra um macaco de presente. Alguns enfezados chegaram até a resmungar que com isso o ator estava nos chamando de macacos – evidenciando claramente que não sentem a diferença entre dar um macaco e ser um macaco.
Da minha parte, garanto que Stallone só pecou por eufemismo. Macaco? Por que só macaco? Exploda o país e os brasileiros lhe dão macaco, tatu, capivara, onça pintada, arara, cacatua, colibri, a fauna nacional inteira, mais um vale-transporte, uma quota no Fome Zero, assistência médica de graça, um ingresso para o próximo show do Caetano Veloso e um pacote de ações da Bolsa de Valores. Exploda o país como o fazem as Farc, treinando assassinos para dizimar a população, e o governo lhe dá cidadania brasileira, emprego público para a sua mulher e imunidade contra investigações constrangedoras. Seqüestre um brasileiro rico e cinco minutos depois os outros ricos estão nas ruas clamando pela libertação – não do seqüestrado, mas do seqüestrador (passado algum tempo, o próprio seqüestrado convida você para um jantar na mansão dele). Crie uma gigantesca organização clandestina, armando com partidos legais uma rede de proteção para organizações criminosas, e a grande mídia lhe dará todas as garantias de discrição e silêncio para que o excelente negócio possa progredir em paz: sobretudo, ninguém, ninguém jamais perguntará quem paga a brincadeira. Tire do lixo o cadáver do comunismo, dando-lhe nova vida em escala continental, e os capitalistas o encherão de dinheiro e até se inscreverão no seu partido, alardeando que você mudou e agora é neoliberal. Crie a maior dívida interna de todos os tempos, e seus próprios credores serão os primeiros a dizer que você restaurou a economia nacional. Encha de dinheiro os invasores de terras, para que eles possam invadir mais terras ainda, e até os donos de terras o aplaudirão porque você “conteve a sanha dos radicais”. Mande abortar milhões de bebês, e os próprios bispos católicos taparão a boca de quem fale mal de você. Mande seu partido acusar as Forças Armadas de todos os crimes possíveis e imagináveis, e os oficiais militares, além de condecorar você, sua esposa e todos os seus cupinchas, ainda votarão em você nas eleições presidenciais. Destrua a carreira de um presidente “direitista” e uns anos depois ele estará trocando beijinhos com você e cavando votos para a sua candidata comunista no interior de Alagoas.
Um macaco? Um desprezível macaquinho? Que é isso, Stallone? Você não sabe de quanta gratidão, de quanta generosidade o brasileiro é capaz, quando você bate nele para valer.
Fora essa ressalva quantitativa, no entanto, a declaração do ator de “Rambo” é a coisa mais verdadeira que alguém disse sobre o Brasil nos últimos anos: este é um país de covardes, que preferem antes bajular os seus agressores do que tomar uma providência para detê-los.
O clássico estudo de Paulo Mercadante, A Consciência Conservadora no Brasil, já expunha a tendência crônica das nossas classes altas, de tudo resolver pela conciliação. Mas a conciliação, quando ultrapassa os limites da razoabilidade e da decência, chega àquele extremo de puxa-saquismo masoquista em que o sujeito se mata só para agradar a quem quer matá-lo.
Curiosamente, muitos dos que se entregam a essa conduta abjeta alegam que o fazem por esperteza, citando a regra de Maquiavel: se você não pode vencer o adversário, deve aderir ao partido dele. Esses cretinos não sabem que, em política prática, Maquiavel foi um pobre coitado, que sempre apostou no lado perdedor e terminou muito mal. A pose de malícia esconde, muitas vezes, uma ingenuidade patética.
(segue o link: http://www.olavodecarvalho.org/semana/100728dc.html)
Bem... ao menos eu não consegui evitar o estarrecimento e a perplexidade após essa bofetada...
Certa, contudo, é a boa bilheteria do filme do Stallone aqui no Brasil e, VERDADE ABSOLUTA, é que o Brasil já decepciona e emputece há muito tempo. E o tal do brasileiro que se ofende com depreciações de outros países, se orgulha, não desiste nunca e tudo mais; de hábitos e valores à noções políticas e referenciais culturais, sempre se adequa, e com uma devoção canina, a tudo o que lhe é vomitado na cara; claro, desde que se possa carnavalizar o final. Quem puder, com propriedade e pertinência, que arrisque alguma defesa a este ataque, penso eu, indefensável!...
Stallone está certo
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 28 de julho de 2010
A mídia inteira está brabíssima com Sylvester Stallone porque ele disse que no Brasil você pode explodir o país e as pessoas ainda lhe agradecem, dando-lhe de quebra um macaco de presente. Alguns enfezados chegaram até a resmungar que com isso o ator estava nos chamando de macacos – evidenciando claramente que não sentem a diferença entre dar um macaco e ser um macaco.
Da minha parte, garanto que Stallone só pecou por eufemismo. Macaco? Por que só macaco? Exploda o país e os brasileiros lhe dão macaco, tatu, capivara, onça pintada, arara, cacatua, colibri, a fauna nacional inteira, mais um vale-transporte, uma quota no Fome Zero, assistência médica de graça, um ingresso para o próximo show do Caetano Veloso e um pacote de ações da Bolsa de Valores. Exploda o país como o fazem as Farc, treinando assassinos para dizimar a população, e o governo lhe dá cidadania brasileira, emprego público para a sua mulher e imunidade contra investigações constrangedoras. Seqüestre um brasileiro rico e cinco minutos depois os outros ricos estão nas ruas clamando pela libertação – não do seqüestrado, mas do seqüestrador (passado algum tempo, o próprio seqüestrado convida você para um jantar na mansão dele). Crie uma gigantesca organização clandestina, armando com partidos legais uma rede de proteção para organizações criminosas, e a grande mídia lhe dará todas as garantias de discrição e silêncio para que o excelente negócio possa progredir em paz: sobretudo, ninguém, ninguém jamais perguntará quem paga a brincadeira. Tire do lixo o cadáver do comunismo, dando-lhe nova vida em escala continental, e os capitalistas o encherão de dinheiro e até se inscreverão no seu partido, alardeando que você mudou e agora é neoliberal. Crie a maior dívida interna de todos os tempos, e seus próprios credores serão os primeiros a dizer que você restaurou a economia nacional. Encha de dinheiro os invasores de terras, para que eles possam invadir mais terras ainda, e até os donos de terras o aplaudirão porque você “conteve a sanha dos radicais”. Mande abortar milhões de bebês, e os próprios bispos católicos taparão a boca de quem fale mal de você. Mande seu partido acusar as Forças Armadas de todos os crimes possíveis e imagináveis, e os oficiais militares, além de condecorar você, sua esposa e todos os seus cupinchas, ainda votarão em você nas eleições presidenciais. Destrua a carreira de um presidente “direitista” e uns anos depois ele estará trocando beijinhos com você e cavando votos para a sua candidata comunista no interior de Alagoas.
Um macaco? Um desprezível macaquinho? Que é isso, Stallone? Você não sabe de quanta gratidão, de quanta generosidade o brasileiro é capaz, quando você bate nele para valer.
Fora essa ressalva quantitativa, no entanto, a declaração do ator de “Rambo” é a coisa mais verdadeira que alguém disse sobre o Brasil nos últimos anos: este é um país de covardes, que preferem antes bajular os seus agressores do que tomar uma providência para detê-los.
O clássico estudo de Paulo Mercadante, A Consciência Conservadora no Brasil, já expunha a tendência crônica das nossas classes altas, de tudo resolver pela conciliação. Mas a conciliação, quando ultrapassa os limites da razoabilidade e da decência, chega àquele extremo de puxa-saquismo masoquista em que o sujeito se mata só para agradar a quem quer matá-lo.
Curiosamente, muitos dos que se entregam a essa conduta abjeta alegam que o fazem por esperteza, citando a regra de Maquiavel: se você não pode vencer o adversário, deve aderir ao partido dele. Esses cretinos não sabem que, em política prática, Maquiavel foi um pobre coitado, que sempre apostou no lado perdedor e terminou muito mal. A pose de malícia esconde, muitas vezes, uma ingenuidade patética.
(segue o link: http://www.olavodecarvalho.org/semana/100728dc.html)
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domingo, 8 de agosto de 2010
Artistas brasileiros não sabem receber críticas, Regis Tadeu via Yahoo! Colunistas
"Ao saber que os fãs do grupo Avenged Sevenfold ficaram revoltadíssimos com uma crítica escrita pelo jornalista Jeff Weiss no jornal Los Angeles Times (leia aqui – em inglês), fiquei pensando que tal “papagaiada” de adolescentes histéricos e medíocres certamente recebeu a aprovação da banda. E isso acontece aqui no Brasil também. Por isso, é oportuno abordar neste espaço uma verdade quase inquestionável: não apenas os fãs, mas também os artistas brasileiros não estão preparados para ouvir críticas, sejam elas construtivas ou não.
Eu poderia citar inúmeros exemplos disso, até mesmo de artistas cujo trabalho eu aprecio, como é o caso de Ed Motta (veja o cara pagando mico desnecessariamente aqui), mas lembro de um caso em particular, ocorrido anos atrás..."
(íntegra clicando no título)
Comentário:
Ah, o Régis Tadeu
Pode ocorrer das habituais crítica ácidas, tornarem-se um embrulho no estômago mesmo, com ânsia de vômito e tudo.
Sr. Régis.
Crítica, em princípio, é um exame racional.
O problema dessa tal “crítica musical” que até mesmo alguns aventureiros sem qualquer espécie de lastro se arvoram a fazer – e isso à guisa de jornalismo – pode redundar em achaques vaidosos acalorados, claramente emocionais.
O universo da crítica, nesse âmbito abordado pelo senhor, se assemelha ao da própria música enquanto objeto dessa crítica, quer dizer, é possível encontrar pérolas e ainda verdadeiros estrumes absolutamente inúteis.
Não raro, os “críticos” são autoridades auto-nomeadas que, também não raramente, não costumam aceitar opiniões contrárias às suas colocações (o bordão do roto e do esfarrapado), que normalmente se pretendem incontestáveis, o que, por fim, vai de encontro ao que os próprios críticos costumam pleitear, que é a aceitação ao seu trabalho (supostamente, a crítica).
Acredito, por fim, que o vexame e os micos dão-se de parte a parte. Artistas e críticos babacas – mesmo alguns de renome – sobejam, infelizmente.
Como sempre, gostei muito de seu texto, à exceção do triste desfecho, instituindo que quem-não-sei-o-que-isso-e-aquilo-outro deve mudar de profissão. Foi semelhante a um adolescente histérico de uma banda escrota que, à falta de bons argumentos, manda seu crítico tománucú.
Artistas brasileiros não sabem receber críticas, Regis Tadeu via Yahoo! Colunistas: "
Eu poderia citar inúmeros exemplos disso, até mesmo de artistas cujo trabalho eu aprecio, como é o caso de Ed Motta (veja o cara pagando mico desnecessariamente aqui), mas lembro de um caso em particular, ocorrido anos atrás..."
(íntegra clicando no título)
Comentário:
Ah, o Régis Tadeu
Pode ocorrer das habituais crítica ácidas, tornarem-se um embrulho no estômago mesmo, com ânsia de vômito e tudo.
Sr. Régis.
Crítica, em princípio, é um exame racional.
O problema dessa tal “crítica musical” que até mesmo alguns aventureiros sem qualquer espécie de lastro se arvoram a fazer – e isso à guisa de jornalismo – pode redundar em achaques vaidosos acalorados, claramente emocionais.
O universo da crítica, nesse âmbito abordado pelo senhor, se assemelha ao da própria música enquanto objeto dessa crítica, quer dizer, é possível encontrar pérolas e ainda verdadeiros estrumes absolutamente inúteis.
Não raro, os “críticos” são autoridades auto-nomeadas que, também não raramente, não costumam aceitar opiniões contrárias às suas colocações (o bordão do roto e do esfarrapado), que normalmente se pretendem incontestáveis, o que, por fim, vai de encontro ao que os próprios críticos costumam pleitear, que é a aceitação ao seu trabalho (supostamente, a crítica).
Acredito, por fim, que o vexame e os micos dão-se de parte a parte. Artistas e críticos babacas – mesmo alguns de renome – sobejam, infelizmente.
Como sempre, gostei muito de seu texto, à exceção do triste desfecho, instituindo que quem-não-sei-o-que-isso-e-aquilo-outro deve mudar de profissão. Foi semelhante a um adolescente histérico de uma banda escrota que, à falta de bons argumentos, manda seu crítico tománucú.
Artistas brasileiros não sabem receber críticas, Regis Tadeu via Yahoo! Colunistas: "
Não são apenas os fãs que se revoltam quando seus ídolos são criticados. A grande maioria dos artistas também não sabe interpretar as opiniões contrárias.
"terça-feira, 22 de junho de 2010
Marias revelam MARIA’S
Projeto Maria’s do Ver-o-peso (com Carol Peres, Dani Franco e Yorranna Oliveira) aborda vivências femininas no mercado histórico, com competência, relevância e sensibilidade.
As atenções às particularidades esteticamente ímpares do mercado do Ver-o-peso costumam vir à baila na cidade de Belém, em grande medida, quando alguma iniciativa particular consegue com o custo de algum bom trabalho, demonstrar artisticamente os detalhes diferenciais e enriquecedores do histórico cartão postal da cidade.
Com inteligência, dinamismo e mesmo uma pertinência antropológica, o projeto Maria’s do Ver-o-peso lança um efetivo olhar poético sobre o mercado; apreendendo nuances que costumam desfazer-se ante a habitual desatenção do transeunte belenense que, ao passar por suas ruas, mal se dá conta da magia imagética e do amplo leque de sobrevivências históricas imersas no dia-a-dia do lugar.
Não há excessos em se afirmar que as mulheres que compõem a equipe envolvida com os trabalhos do projeto têm realizado de forma impecável todas as atividades.
Faz-se necessário observar ainda a delicada percepção, o bom gosto e a aguçada sensibilidade com que a fotógrafa e jornalista Carol Peres vem gerando imagens que, com tranquilidade, traduzem de forma fidedigna o viés poético do lugar.
Por fim, as histórias por se contar acerca do singular mercado do Ver-o-peso, através da vivência de mulheres que integram sua formação e sua permanência encontram, para a boa sorte da cidade, alento em ouvintes atentas e comprometidas que realizam o projeto “Marias do Ver-o-peso.
Sucesso à equipe!
fotos por Carol Peres (postadas no blog “Maria’s do Ver-o-peso)
Segue o link :
http://mariasdoveropeso.blogspot.com/
Projeto Maria’s do Ver-o-peso (com Carol Peres, Dani Franco e Yorranna Oliveira) aborda vivências femininas no mercado histórico, com competência, relevância e sensibilidade.
As atenções às particularidades esteticamente ímpares do mercado do Ver-o-peso costumam vir à baila na cidade de Belém, em grande medida, quando alguma iniciativa particular consegue com o custo de algum bom trabalho, demonstrar artisticamente os detalhes diferenciais e enriquecedores do histórico cartão postal da cidade.
Com inteligência, dinamismo e mesmo uma pertinência antropológica, o projeto Maria’s do Ver-o-peso lança um efetivo olhar poético sobre o mercado; apreendendo nuances que costumam desfazer-se ante a habitual desatenção do transeunte belenense que, ao passar por suas ruas, mal se dá conta da magia imagética e do amplo leque de sobrevivências históricas imersas no dia-a-dia do lugar.
Não há excessos em se afirmar que as mulheres que compõem a equipe envolvida com os trabalhos do projeto têm realizado de forma impecável todas as atividades.
Faz-se necessário observar ainda a delicada percepção, o bom gosto e a aguçada sensibilidade com que a fotógrafa e jornalista Carol Peres vem gerando imagens que, com tranquilidade, traduzem de forma fidedigna o viés poético do lugar.
Por fim, as histórias por se contar acerca do singular mercado do Ver-o-peso, através da vivência de mulheres que integram sua formação e sua permanência encontram, para a boa sorte da cidade, alento em ouvintes atentas e comprometidas que realizam o projeto “Marias do Ver-o-peso.
Sucesso à equipe!
fotos por Carol Peres (postadas no blog “Maria’s do Ver-o-peso)
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segunda-feira, 21 de junho de 2010
Agora, o fogo, Lúcio Flávio Pinto via Yahoo! Colunistas
"A harmonia entre o saber e o fazer constitui exceção – e rara...
A regra é o avanço da destruição, a continuidade do procedimento irracional, a dilapidação do almoxarifado que a natureza formou na região. O combustível do avanço é o caos. O futuro dessa trajetória é o desaparecimento da maior floresta tropical do planeta."
(Lúcio Flávio Pinto, em artigo. Texto na íntegra: link ou título sublinhado abaixo)
Agora, o fogo, Lúcio Flávio Pinto via Yahoo! Colunistas:
A regra é o avanço da destruição, a continuidade do procedimento irracional, a dilapidação do almoxarifado que a natureza formou na região. O combustível do avanço é o caos. O futuro dessa trajetória é o desaparecimento da maior floresta tropical do planeta."
(Lúcio Flávio Pinto, em artigo. Texto na íntegra: link ou título sublinhado abaixo)
Agora, o fogo, Lúcio Flávio Pinto via Yahoo! Colunistas:
Se o atual Código Florestal fosse aplicado a toda a região, ela já estaria na condição de ilegalidade, por ter ultrapassado o limite de 20% de alteração da cobertura vegetal.
Aliança política entre JADER e ALMIR!
isso não pode ser sério...
tá no BLOG DO BARATA:
"ELEIÇÕES – A patética reconciliação de Jader e Almir
A política é a arte da conciliação, mas nem por isso desobriga da dignidade. Na política paraense, porém, dignidade parece ser utensílio de museu, como evidencia a patética reconciliação que se desenha entre os ex-governadores Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará, e Almir Gabriel (hoje), o ghost tucano, hoje isolado dentro do próprio PSDB, partido do qual é um dos fundadores."
íntegra:
http://novoblogdobarata.blogspot.com/
Segue comentário:
É alguma brincadeira?...
Caso o noticiado seja fato e não haja equívocos, o mais rançoso será assistir aos prováveis aplausos acefalísticos de gente supostamente esclarecida em situações como estas que, ao que parece, abundam aos borbotões no cenário político nacional.
No Estado, aprovações a desmandos, inépcias, inoperâncias e mesmo desfalques, já ocorrem há muito. E simpatizantes e adictos destes dois senhores tem sempre uma justificativa apaixonadamente plausível (claro que somente em seus próprios entendimentos) para o que quer que se avente contra eles.
Os referenciais políticos adquiridos usualmente pelas corriqueiras orientações folhetinescas há décadas em voga no país, fazem com que a percepção política coletiva torne-se algo propenso à apatia, mesmo diante de quadros grotescos e inexplicáveis.
A suposta (e lamentável) festa da democracia ganha um tom ainda mais nefasto à medida que a noção de festa é levada cada vez mais a sério, no âmbito da política e no particular das eleições.
Diante dos eleitores paraenses, a credibilidade de figuras políticas como a destes dois senhores (a despeito das inteligências e/ou virtudes pessoais de ambos), há muito já deveria ser entendida como uma missão de resgate a ser empreendida pelos mesmos, seja como candidatos, articuladores ou apoiadores.
No entanto, o empecilho maior à efetivação de tal entendimento, não é outro senão a cegueira e, pior, o desinteresse do próprio eleitorado que, não raro, ainda se envolve de forma entusiástica com o caráter festivo – propriamente dito – inapropriadamente próprio do período de eleições.
Meio que prevendo, pois, odes à desinformação nas possíveis inúmeras reações favoráveis à aliança, menciono a última discussão descompromissada que presenciei, entre pessoas supostamente esclarecidas, que teve como tema justamente as pessoas dos dois senhores aqui referidos (curiosamente, a tal aliança ainda não era sabida na ocasião, última sexta-feira à noite).
No bate-papo algo acalorado, o corolário de absurdos foi desde o mais ingênuo “no fundo é uma boa pessoa e lógico que só é bom para o Estado...”, e do previsível (mas, não menos estúpido) "rouba, mas, faz", até os descabidos conclusivos “já estão podres de ricos, não têm mais nada que estar esquentando a cabeça com negócio de governar direito; vão é roubar mais mesmo!...”
A nota patética do caso, é que todos os envolvidos na discussão tinham formação superior e eram bem empregados (o atenuante – ou não – é a mesa de bar que comportava a discussão... a bebida, os serviços e o lugar não eram baratos - como todo reduto típico da classe média...).
Se no fim das contas isso não for uma pegadinha é porque o grau de palermice já chegou ao máximo, já se confundindo mesmo com a própria consciência política do Estado.
Costumam me rotular de pessimista...
ainda não sei se fico chateado ou se tomo como elogio...
isso não pode ser sério...
tá no BLOG DO BARATA:
"ELEIÇÕES – A patética reconciliação de Jader e Almir
A política é a arte da conciliação, mas nem por isso desobriga da dignidade. Na política paraense, porém, dignidade parece ser utensílio de museu, como evidencia a patética reconciliação que se desenha entre os ex-governadores Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará, e Almir Gabriel (hoje), o ghost tucano, hoje isolado dentro do próprio PSDB, partido do qual é um dos fundadores."
íntegra:
http://novoblogdobarata.blogspot.com/
Segue comentário:
É alguma brincadeira?...
Caso o noticiado seja fato e não haja equívocos, o mais rançoso será assistir aos prováveis aplausos acefalísticos de gente supostamente esclarecida em situações como estas que, ao que parece, abundam aos borbotões no cenário político nacional.
No Estado, aprovações a desmandos, inépcias, inoperâncias e mesmo desfalques, já ocorrem há muito. E simpatizantes e adictos destes dois senhores tem sempre uma justificativa apaixonadamente plausível (claro que somente em seus próprios entendimentos) para o que quer que se avente contra eles.
Os referenciais políticos adquiridos usualmente pelas corriqueiras orientações folhetinescas há décadas em voga no país, fazem com que a percepção política coletiva torne-se algo propenso à apatia, mesmo diante de quadros grotescos e inexplicáveis.
A suposta (e lamentável) festa da democracia ganha um tom ainda mais nefasto à medida que a noção de festa é levada cada vez mais a sério, no âmbito da política e no particular das eleições.
Diante dos eleitores paraenses, a credibilidade de figuras políticas como a destes dois senhores (a despeito das inteligências e/ou virtudes pessoais de ambos), há muito já deveria ser entendida como uma missão de resgate a ser empreendida pelos mesmos, seja como candidatos, articuladores ou apoiadores.
No entanto, o empecilho maior à efetivação de tal entendimento, não é outro senão a cegueira e, pior, o desinteresse do próprio eleitorado que, não raro, ainda se envolve de forma entusiástica com o caráter festivo – propriamente dito – inapropriadamente próprio do período de eleições.
Meio que prevendo, pois, odes à desinformação nas possíveis inúmeras reações favoráveis à aliança, menciono a última discussão descompromissada que presenciei, entre pessoas supostamente esclarecidas, que teve como tema justamente as pessoas dos dois senhores aqui referidos (curiosamente, a tal aliança ainda não era sabida na ocasião, última sexta-feira à noite).
No bate-papo algo acalorado, o corolário de absurdos foi desde o mais ingênuo “no fundo é uma boa pessoa e lógico que só é bom para o Estado...”, e do previsível (mas, não menos estúpido) "rouba, mas, faz", até os descabidos conclusivos “já estão podres de ricos, não têm mais nada que estar esquentando a cabeça com negócio de governar direito; vão é roubar mais mesmo!...”
A nota patética do caso, é que todos os envolvidos na discussão tinham formação superior e eram bem empregados (o atenuante – ou não – é a mesa de bar que comportava a discussão... a bebida, os serviços e o lugar não eram baratos - como todo reduto típico da classe média...).
Se no fim das contas isso não for uma pegadinha é porque o grau de palermice já chegou ao máximo, já se confundindo mesmo com a própria consciência política do Estado.
Costumam me rotular de pessimista...
ainda não sei se fico chateado ou se tomo como elogio...
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sexta-feira, 18 de junho de 2010
A comédia da Copa
Paralelos felizes de Diogo Mainardi
(íntegra clicando no título)
A comédia da Copa
Susana Vieira e eu na Copa do Mundo. Susana Vieira comentará as partidas na TV. Eu comentarei as partidas no rádio. Por quê? Porque ninguém se interessou em me contratar para comentar a Divina Comédia, de Dante Alighieri. Susana Vieira é minha Beatriz na Cidade do Cabo e em Johannesburgo.
Eu sou um cronista como Nelson Rodrigues. Eu sou um reacionário como Nelson Rodrigues. Eu sou pago para fazer comentários sobre a Copa do Mundo como Nelson Rodrigues. Agora só tenho de me tornar um Nelson Rodrigues.
Eu fui da literatura para a imprensa, da imprensa para o rádio. É por isso que simpatizo com Robinho. Ele tem uma trajetória semelhante à minha: do Real Madrid para o Manchester City, do Manchester City para o Santos. Eu simpatizo também com Kaká. Melhor dizendo: eu o idolatro. Eu gostaria de ganhar um dos maiores salários de todos os tempos para permanecer sentado no banco de reservas, tirando a franja da testa. Eu sou bom em matéria de tirar a franja da testa. Mas o jogador do Brasil com o qual realmente me identifico é Felipe Melo. Sempre que, durante o programa de rádio, Wanderley Nogueira me passa a bola, eu me embanano todo e, como Felipe Melo, acabo recuando para o zagueiro. Na Copa do Mundo, minha torcida será inteirinha para ele. Ele me representa. Vai, Felipe Melo! Mostre ao mundo do que é capaz uma pessoa sem talento, sem juízo e sem discernimento.
(íntegra clicando no título)
A comédia da Copa
Susana Vieira e eu na Copa do Mundo. Susana Vieira comentará as partidas na TV. Eu comentarei as partidas no rádio. Por quê? Porque ninguém se interessou em me contratar para comentar a Divina Comédia, de Dante Alighieri. Susana Vieira é minha Beatriz na Cidade do Cabo e em Johannesburgo.
Eu sou um cronista como Nelson Rodrigues. Eu sou um reacionário como Nelson Rodrigues. Eu sou pago para fazer comentários sobre a Copa do Mundo como Nelson Rodrigues. Agora só tenho de me tornar um Nelson Rodrigues.
Eu fui da literatura para a imprensa, da imprensa para o rádio. É por isso que simpatizo com Robinho. Ele tem uma trajetória semelhante à minha: do Real Madrid para o Manchester City, do Manchester City para o Santos. Eu simpatizo também com Kaká. Melhor dizendo: eu o idolatro. Eu gostaria de ganhar um dos maiores salários de todos os tempos para permanecer sentado no banco de reservas, tirando a franja da testa. Eu sou bom em matéria de tirar a franja da testa. Mas o jogador do Brasil com o qual realmente me identifico é Felipe Melo. Sempre que, durante o programa de rádio, Wanderley Nogueira me passa a bola, eu me embanano todo e, como Felipe Melo, acabo recuando para o zagueiro. Na Copa do Mundo, minha torcida será inteirinha para ele. Ele me representa. Vai, Felipe Melo! Mostre ao mundo do que é capaz uma pessoa sem talento, sem juízo e sem discernimento.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
CERVEJA ARTESANAL
Hoje no JORNAL DO COMÉRCIO
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=30384
Notícia da edição impressa de 07/06/2010
Cerveja artesanal gaúcha é referência no País
Mesmo com a concorrência com grandes fabricantes, segmento investe para lançar novos sabores no mercado
Adriana Lampert
Gitzler calcula em R$ 1 milhão o custo para abrir uma pequena fábrica. Foto: Marcelo G. Ribeiro/JC Pioneiro na fabricação de cerveja artesanal, o Rio Grande do Sul é reconhecido em todo o Brasil pela qualidade da bebida produzida em suas 25 microcervejarias. E, pela primeira vez, o solo gaúcho foi cenário do encontro anual que reúne cervejeiros de diversos estados brasileiros, com o objetivo de trocar ideias e informações técnicas. Entre os 300 participantes do evento, ocorrido entre 3 e 5 de junho, em Porto Alegre, além de empresários do setor - como os fabricantes das marcas Coruja, Dado Bier e Barley - outros 40 produtores artesanais do Estado assistiram a palestras, debateram sobre o mercado e degustaram diferentes tipos de cerveja. Entre outros assuntos, uma constatação foi unânime: apesar da qualidade “superior”, esta categoria da bebida sofre com a concorrência “desleal” das grandes marcas.
Produzida de forma caseira, com 100% de malte, sem aditivos químicos, e obtendo resultados com diferentes sabores e padrões de fermentação, a cerveja artesanal hoje não representa nem mesmo 2% do mercado nacional. Mas a meta do setor é crescer. “Temos um produto diferenciado, feito para ser saboreado, e não para ser consumido em massa”, enfatiza o empresário Micael Eckert, 36 anos, proprietário da marca Coruja. Fabricada em Teutônia, desde 2004, os 12 mil litros/mês da bebida são comercializados em 50 pontos de Porto Alegre e 20 locais da Serra gaúcha, principalmente em Caxias do Sul, Gramado e Canela.
Logística de distribuição requer cuidados especiais, segundo Eckert, uma vez que a cerveja caseira, por não ser pasteurizada, só tem durabilidade por trinta dias, sob refrigeração. “Precisamos carregar o produto em caminhão refrigerado, com lona térmica, e só podemos vender a quantidade que couber no freezer do comerciante. Depois ainda é preciso voltar se a validade vencer”, explana o empresário, frisando que todo esse custo é repassado ao consumidor. Isso sem contar a dificuldade para se conseguir garrafas e tampinhas, tendo em vista que a demanda é de pouca quantidade e torna os custos mais elevados.
Presidente da Associação dos Cervejeiros Artesanais do Rio Grande do Sul (Acerva Gaúcha), o advogado e contador Jorge Henrique Gitzler também é produtor caseiro. Apesar de não comercializar, ele conhece bem a dificuldade de quem tenta viver do negócio. “Para se erguer uma fábrica pequena, é preciso investir pelo menos R$ 1 milhão, e não é fácil se manter em um mercado em que as grandes marcas monopolizam as vendas”. Ele opina que, também devido ao monopólio, somente a partir dos últimos cinco anos os brasileiros passaram a conhecer outras cervejas, além das tradicionais pilsens que tomam conta da maior parte do mercado. Segundo ele, a tendência da produção artesanal é que cada vez mais surjam sabores “especiais, diferenciados e surpreendentes”.
O 5º Encontro Nacional dos Cervejeiros Artesanais contou também com um concurso nacional – que avaliou as 130 bebidas inscritas - e promoveu uma festa de encerramento no Ipanema Sports.
Hoje no JORNAL DO COMÉRCIO
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=30384
Notícia da edição impressa de 07/06/2010
Cerveja artesanal gaúcha é referência no País
Mesmo com a concorrência com grandes fabricantes, segmento investe para lançar novos sabores no mercado
Adriana Lampert
Gitzler calcula em R$ 1 milhão o custo para abrir uma pequena fábrica. Foto: Marcelo G. Ribeiro/JC Pioneiro na fabricação de cerveja artesanal, o Rio Grande do Sul é reconhecido em todo o Brasil pela qualidade da bebida produzida em suas 25 microcervejarias. E, pela primeira vez, o solo gaúcho foi cenário do encontro anual que reúne cervejeiros de diversos estados brasileiros, com o objetivo de trocar ideias e informações técnicas. Entre os 300 participantes do evento, ocorrido entre 3 e 5 de junho, em Porto Alegre, além de empresários do setor - como os fabricantes das marcas Coruja, Dado Bier e Barley - outros 40 produtores artesanais do Estado assistiram a palestras, debateram sobre o mercado e degustaram diferentes tipos de cerveja. Entre outros assuntos, uma constatação foi unânime: apesar da qualidade “superior”, esta categoria da bebida sofre com a concorrência “desleal” das grandes marcas.
Produzida de forma caseira, com 100% de malte, sem aditivos químicos, e obtendo resultados com diferentes sabores e padrões de fermentação, a cerveja artesanal hoje não representa nem mesmo 2% do mercado nacional. Mas a meta do setor é crescer. “Temos um produto diferenciado, feito para ser saboreado, e não para ser consumido em massa”, enfatiza o empresário Micael Eckert, 36 anos, proprietário da marca Coruja. Fabricada em Teutônia, desde 2004, os 12 mil litros/mês da bebida são comercializados em 50 pontos de Porto Alegre e 20 locais da Serra gaúcha, principalmente em Caxias do Sul, Gramado e Canela.
Logística de distribuição requer cuidados especiais, segundo Eckert, uma vez que a cerveja caseira, por não ser pasteurizada, só tem durabilidade por trinta dias, sob refrigeração. “Precisamos carregar o produto em caminhão refrigerado, com lona térmica, e só podemos vender a quantidade que couber no freezer do comerciante. Depois ainda é preciso voltar se a validade vencer”, explana o empresário, frisando que todo esse custo é repassado ao consumidor. Isso sem contar a dificuldade para se conseguir garrafas e tampinhas, tendo em vista que a demanda é de pouca quantidade e torna os custos mais elevados.
Presidente da Associação dos Cervejeiros Artesanais do Rio Grande do Sul (Acerva Gaúcha), o advogado e contador Jorge Henrique Gitzler também é produtor caseiro. Apesar de não comercializar, ele conhece bem a dificuldade de quem tenta viver do negócio. “Para se erguer uma fábrica pequena, é preciso investir pelo menos R$ 1 milhão, e não é fácil se manter em um mercado em que as grandes marcas monopolizam as vendas”. Ele opina que, também devido ao monopólio, somente a partir dos últimos cinco anos os brasileiros passaram a conhecer outras cervejas, além das tradicionais pilsens que tomam conta da maior parte do mercado. Segundo ele, a tendência da produção artesanal é que cada vez mais surjam sabores “especiais, diferenciados e surpreendentes”.
O 5º Encontro Nacional dos Cervejeiros Artesanais contou também com um concurso nacional – que avaliou as 130 bebidas inscritas - e promoveu uma festa de encerramento no Ipanema Sports.
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