quinta-feira, 10 de abril de 2014

Formidável


Na OBVIOUS MAGAZINE
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DIÁRIO DE UMA VIDA ESTRANHA

DIVAGAÇÕES DE UM OBSERVADOR DE FELINOS



VINCENT & VAN GOGH

Publicado em artes e ideias por Bernardo Pessoa // 30 mar 2014


“Há pessoas que tem uma sorte incrível”
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E se as grandes obras do pintor holandês Vincent Van Gogh não fossem de sua autoria e sim, na verdade, de seu gato de estimação? Essa é a premissa de Vincent & Van Gogh, do quadrinhista sérvio Gradimir Smudja.
Vincent é um pintor frustrado e sem talento que adota um gato gordo, mal caráter e um pintor fantástico, chamado Van Gogh. Da amizade dos dois, Vincent ganha a fama pelos quadros do gato a troco de dar casa, comida e cuidado – e também proteção contra os inimigos do gato fanfarrão! É muito engraçado pensar que obras primas da pintura foram feitas por um gato em busca de guarida para uma vida noturna conturbada.
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O Van Gogh real, que inspirou a HQ, tem uma biografia muito mais penosa e triste. Uma alma torturada, angustiada com as cores e com a vida. Passou uma vida em tons muito menos intensos do que os de suas pinceladas, por entre angústias e medos que o levaram à morte em 1890. “Sem emprego, sem dinheiro, sem saúde, falecia-lhe o ânimo e a coragem para recomeçar a nova existência”
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Pintor de paisagens deslumbrantes, de ciprestes solitários, quartos comuns, cafés em Mount Martre, noites estreladas, auto-retratos em pinceladas rápidas; sua sensibilidade o derrotou.
Desenhada magistralmente com a mesma técnica de pinceladas usada pelo pintor holandês, a revista nos apresenta as paisagens fantásticas de Paris e do sul da França, onde o pintor passou o final de sua vida.
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Falácia desmazelada! O gato pintor e insensível, tem patas ágeis e imaginação fértil. Na HQ, os gênios tem por detrás de si, seus companheiros de estimação. Rambrandt, Gauguin, Monet, Degas e Cia assumem a fama pelos feitos artísticos de seus animais.
Gradimir Smudja é autor também de uma sensacional biografia quadrinizada de Tolouse-Lautrec.
Para quem curte uma boa HQ recheada de belíssimas imagens e referências. É um grande tributo à história da arte, não perca!
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Bernardo Pessoa
Estudante de Direito, leitor compulsivo e sempre cheio de opiniões irrelevantes, vive sentindo 
saudade daquilo que não viveu. 
É um eterno sonhador, criando seu próprio mundo a partir do que vai lendo por aí, 
ao lado de suas duas gatinhas mal-humoradas.



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a é, heim!?... ou, A superestima do previsível


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Marcelo Mirisola

Zebras e antílopes pastam nas savanas africanas

Oito de abril. À procura de assunto para esse blog, voltei à lama. Ao ramerrame dos jornais, aos colunistas, revistas e novelas do Manuel Carlos. O que brocha - anotem aí - não é a má notícia, mas o que ela carrega de previsibilidade. Alguns exemplos:
1.   "Eloquente o silêncio de Lula sobre os 'malfeitos' da Petrobrás"
--- Ora, o que os sábios queriam?  Que o Lula comparasse o mensalão ao assalto praticado na Petrobras, e dissesse que a compra de votos perto da petrorroubalheira da companheirada  é brincadeira de criança? 
(no dia seguinte, Lula, o ponto fora da curva, concedeu entrevista a blogueiros e, pasmem, foi exatamente isso o que ele sugeriu!, capa do Globo)
                                                                     ****

2 .  "Diálogo entre deputado e doleiro caracteriza corrupção" 

---   Deputados se encontram com doleiros para tratar de assuntos espirituais. Talvez a dupla estivesse rezando o terço dos aflitos, pedindo a intercessão da pequena Odetinha, a menina santa de Madureira. 

                                                                     ****

3 ."Centro de torturas: Identificados 17 locais clandestinos" 

---    Do jeito que os milicos eram psicodélicos, amáveis e solares onde mais iriam promover sessões de tortura, onde?  No Circo Voador, claro. Só pode ser.   

                                                                  ****
4. "Pezão defende modelo das UPPs" 
----  O novo governador do Rio de Janeiro podia ter defendido o modelo dos traficantes, e aí ele aproveitava para defender a maconha no lazer da criançada, e liberava a cocaína também,  seria mais divertido.

                                                                   ****

5 . "Wanderlei Silva e Chael Sonnen brigaram durante gravações do TUF"

---- Surpreendente que não estivessem discutindo a influência nefasta de Hegel no pensamento de Marx.
                                                                  ****

6. "Mensaleiros tem regalia no café da manhã"
---- Era só o que faltava: essa gente desalmada querer privar Dirceu & quadrilha  do breakfast no xilindró.                      
                                                                   ****

7. "Alckmin põe aliado de Feliciano na área de direitos humanos"
----  Causa perplexidade o fato de que Alckmin não tenha consultado o deputado federal e ex BBB Jean Wyllys para fazer a nomeação.

                                                                   ****
8. "Copa 2014: Policiais utilizarão máscaras que lembram o vilão Darth Vader, de "Guerra nas Estrelas" 
 ----  E quem vai usar as máscaras do Mussum, os blac blocks?
                                                                    ****

Para encerrar o dia, assistirei à eletrizante novela do Manuel Carlos. Antes quero dar uma passada no Datena e no Marcelo Rezende para me inteirar da natureza das palestras, debates e encontros que discutirão a obra completa e os oitenta anos do acadêmico, diplomata, tradutor e ensaísta Sergio Paulo Rouanet.

Depois, pretendo acompanhar a rotina das zebras, gnus e antílopes pastando nas savanas africanas -  com certeza e disparado a parte mais emocionante e imprevisível de um dia cheio de sobressaltos e novidades. Vai  que aparecem uns leões...umas hienas, vai que  Lula abre o destampatório outra vez.



MARCELO MIRISOLA

Marcelo Mirisola tem 47 anos, é paulistano e radicado na ponte-rodoviária Bixiga-Rio de Janeiro há dez anos. Escreveu mais de uma dúzia de livros, dentre eles destacam-se Bangalô, O Herói Devolvido, Joana a Contragosto e O Azul do Filho Morto. Não se identifica com nenhuma corrente da literatura brasileira contemporânea, embora alguns críticos o considerem o Pedro Alvares Cabral da autoficção aqui em nossas plagas. Também é dramaturgo.



A circunstância e o tom dando a tintura do xingamento


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Treinador chama bandeirinha de 'gostosa' após ser expulso

Momento inusitado aconteceu em partida válida pelo Campeonato Catarinense

Yahoo Esporte Interativo – 21 horas atrás
Yahoo Esporte Interativo - Técnico da Juventus-SC chamou bandeirinha de 'gostosa' após ser expulso (Foto: Divulgação) 

Durante partida válida pelo hexagonal do Campeonato Catarinense, no último sábado, o técnico da equipe do Juventus-SC, Celso Teixeira, protagonizou um momento inusitado após pequena confusão.
Depois de reclamar com a assistente Maira Americano Labes, o comandante do Moleque Travesso foi expulso pelo árbitro Paulo Henrique Godoy Bezerra, aos 16 minutos da segunda etapa. Revoltado com a punição, o treinador precisou ser retirado pela polícia militar, mas sem antes deixar um recado nada educada para a bandeirinha: 'Vou sair, sua gostosa'.
A fala foi relatada pelo juiz na súmula de jogo. O documento ainda cita outros problemas que Celso causou, como quebrar os vidros do seu vestiário após a expulsão. A partida terminou empatada em 1 a 1 e a Juventus é a lanterna no Estadual.


terça-feira, 8 de abril de 2014

A amarga canção de mais um dia - outra vez


No 
Blog da LAURA CAPRIGLIONE
YAHOO! BRASIL NOTÍCIAS (link)

Réquiem por um menino

Por Laura Capriglione | Laura Capriglione – 2 horas 25 minutos atrás
(Foto: Reprodução / Facebook)

Rua Terra Brasileira. Quebrada da Cidade A.E. Carvalho, zona leste de São Paulo, madrugada de sábado. No chão do baile funk, ficou o corpo do menino Lucas Oliveira Silva de Lima, 18, o Rei do Rolezinho. O delegado José Lopes, do 64º DP, diz que o garoto morreu espancado. “Traumatismo craniano causado por instrumento contundente.”
O “Cocão, menino do morro”, como se denominava, tinha 57.480 seguidores no Facebook, a maioria garotas. Era um ídolo. Orgulhoso, assumia suas origens. Escola: Favela. Moradia: Itaquera, zona leste.
Em janeiro, Lucas tornou-se celebridade, depois de organizar um rolezinho no Shopping Itaquera, vizinho de sua casa, na favela da Vila Campanela. Três mil adolescentes participaram, cantando as letras desafiadoras do funk. A polícia interveio com bombas de gás.
O pai, pedreiro, levava o moleque para trabalhar com ele. Mas Lucas também tirava uns trocados atuando como estoquista. Adepto da estética do funk ostentação, o dinheiro ganho comprava roupas de grife. Bermudas, só as da Oakley. O imenso relógio dourado no pulso era da marca Invicta. Nos pés, tênis Adidas. As camisas preferidas eram de tipo pólo, da Ralph Lauren.
Tirando o rolezinho de janeiro, nunca o Cocão foi de frequentar DPs. As professoras da Escola Estadual Milton Cruzeiro, onde estudou, dizem que o aluno era um cara tranquilo. O objetivo agora era tirar a habilitação, para dirigir uma nave, quem sabe um Camaro, imenso esportivo da Chevrolet, o sonho de consumo de dez entre dez meninos da periferia. Toda noite dava um salve pros amigos, e iam fumar um “narga” (narguilé).
Mas essa tal nova classe média morena e quase favelada, assim, desejando, comprando, consumindo, frequentando shoppings tem inimigos raivosos. Na página de Lucas no Facebook e no Twitter esses desafetos comemoraram a morte dele com centenas de posts. Algumas amostras:
“Lucas Lima foi fazer um rolezinho no inferno com Satanás.”
“Agora os lojistas dos shoppings podem trabalharem [sic] em paz , um marginal a menos!”
“Essa peste já foi tarde!! Vai fazer rolezinho com o capeta!
“Menos um fdp na sociedade.”
“Lucas Lima, favela e o caralho! Lixo, o diabo que te leve.”
Os amigos pretendem responder aos ataques com uma grande homenagem ao Lucas, que gostava tanto das grifes caras e de tomar um lanche no McDonald’s. Onde mais? No Shopping Itaquera, onde o garoto nasceu para a fama e glória ao consumo. E prometem, como réquiem, cantar a música do Mc Leeleko que diz:
“Agora eu sou de outro nível, só quero viver sorrindo
Se você virou a página eu queimei o livro
Esqueci todos os problemas ser feliz esse é o lema
Então senta e chora que eu tô tomando a cena
Exalto sou periferia, sou cria desde pequeno
Pra chegar até aqui passei por muito veneno (vai vendo
Me sentia o bambambam, de carrinho de rolimã
Meu pai é meu diamante minha mãe é meu talismã
Eles viram o meu sofrimento, viu toda minha caminhada
De rolimã pra catraca, depois as rodas cromadas (e agora?)
Vai vendo até um apê na praia, moto 1100 cilindradas
Sucesso pelo estado explodindo pelas quebradas.”

É. O rolezinho continua.


LAURA CAPRIGLIONE 

Laura Capriglione, 54, é jornalista. Nasceu em São Paulo e cursou Física e Ciências Sociais na USP. Trabalhou como repórter especial do jornal “Folha de S.Paulo” entre 2004 e 2013. Dirigiu o Notícias Populares (SP), foi diretora de novos projetos na Editora Abril e trabalhou na revista “Veja”. Conquistou o Prêmio Esso de Reportagem 1994, com a matéria “Mulher, a grande mudança no Brasil”, em parceria com Dorrit Harazim e Laura Greenhalgh. Foi editora-executiva da revista até 2000.


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Cerveja Zumbi


No YAHOO! BRASIL FINANÇAS (LINK)


Cerveja inspirada na série "The Walking Dead" tem cérebro de verdade


InfoMoney – qua, 2 de abr de 2014 17:08 BRT


Yahoo Finanças - Dock Street Walker foi lançada no último domingo, 30 de março
SÃO PAULO - Inspirada na série de zumbi “The Walking Dead”, a cervejaria norte-americana Dock Street decidiu lançar a Dock Street Walker, cerveja que tem, entre outros ingredientes, cérebro de cabra defumado.
A cerveja foi lançada no último domingo (30), em homenagem ao último episódio da 4ª temporada da série. Trata-se de uma Pale American Stout, com teor alcoólico de 7,2%, fabricada com trigo maltado, aveia e cevada em flocos e cranberry.
Segundo comunicado da cervejaria, o cérebro de cabra é um ingrediente único que dá um sabor e aroma sutil na bebida, enquanto cranberry fornece acidez e tom avermelhado parecido com sangue - para zumbi nenhum botar defeito.