quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Música - ou não




opinião


Sobre a postagem “O vexame de David Guetta expõe a picaretagem dos “DJs””, de Regis Tadeu, em sua “Na Mira do Regis”, da última segunda-feira, 12 de janeiro (2014) (no “Yahoo! Notícias”). E como a página não aprovou meu comentário (levemente ácido, mas, bastante singelo, por sinal) resolvi revisá-lo e postá-lo aqui.


Nada raro essa arrogância do Regis Tadeu - e não os temas e situações que aborda - tirar todo o mérito dos julgamentos que ele emite (e, sim, são juízos de valor que ele pretende que sejam críticas).
Pessoalmente, levo muitíssimo em conta os posicionamentos sobre o sertanejo universitário o que, de cabo a rabo, entendo que seja mais um entre vários produtos de ampla circulação, onde a música é mero objeto cênico – e isso em seu próprio universo! – (e aí a gente concorda) mas, enfim, não consigo apreender a realidade e a percepção deste público que supostamente pagaria fortunas (pelos seus produtos diletos) para "assistir" aos DJs, ponto. Contudo, o que acho cretino e irresponsável numa postagem destas, é o Regis (quase que como sempre – com a pecha autoritária de autoridade descolada) atirando no próprio pé, ao colocar a presunção e antipatias pessoais à frente de tudo, pra fazer o que ele (e seus fãs e seguidores) acredita fazer bem.
Valendo-se de uma mancada estupenda na apresentação do Getta, Régis inicia sua postagem mencionando o que chama de picaretagem 'Dos "DJs"', dando uma generalizada sem quaisquer reservas no título da postagem; e depois termina com panos quentes tipo mimimi "mas-veja-bem" sobre o Fatboy e o Shadow – algo feito cão que muito ladra...
O problema é que essa linha de atuação crítica (critica!?...) assemelha-se, por exemplo, à de efetivação de fenômenos mercadológicos como o sertanejo universitário – que ele atacou; soando muito mais como uma atividade articulada e bem montada, com claros fins lucrativos, trabalhando pra vender um produto que parece lebre, mas, é gato... ...quer dizer, com postagens assim o Regis pretende-se crítico, mas, só consegue ser abusado e agressivo e, aí, parece polêmico (o que muito imbecil acredita que dá no mesmo)!... 
Nessas ocasiões até fica aberto o precedente pra se falar na palermice "Dos Críticos", como se entre eles (só houvesse “críticos” com esse feito do Regis e) não houvesse absolutamente o que se aproveitasse. Então, após escolher um alvo específico e mesmo assim girar a metralhadora sem um objetivo claro, com a vaidade no 10, já no final, pra não parecer tendencioso, menciona-se um ou dois que tenham lá um trabalho pretensamente louvável e contundente, blá, blá, blá e tal... só que não, pô!...
Na boa, Régis, já deu!... Vai regular essa mira.

Abaixo segue a cópia da postagem (e o link)
http://br.noticias.yahoo.com/blogs/mira-regis/o-vexame-david-guetta-exp%C3%B5e-picaretagem-dos-djs-165228489.html
Na Mira do Regis

O vexame de David Guetta expõe a picaretagem dos “DJs”

Por Regis Tadeu | Na Mira do Regis – seg, 13 de jan de 2014


Quem acompanha o meu programa aqui no Yahoo - É Show ou é Fria? – sabe que toda vez que o tal DJ David Guetta aparece no Brasil, eu faço questão de alertar para a verdadeira picaretagem que são suas apresentações.
Confesso que ainda fico incrédulo em ver tanta gente desembolsando uma grana alta para assistir a um paspalho agitando os braços e falando umas frases em português “macarrônico” e fingindo girar botões em seu equipamento, como se realmente estivesse ‘discotecando’ e não deixando rolar sons previamente gravados em um notebook, pendrive, CD-R ou seja lá o que for.
Não serei leviano em afirmar que Guetta sequer é o responsável pelos sons que colocar em seus discos, mas não posso deixar de registrar o quanto a sua postura em cima de um palco é idêntica ao de um animador de aula de aeróbica ao ar livre. E isto tendo a plateia como cúmplice, formada por pseudoplayboys muito mais interessados em “pegar mulher”, e por garotas que vão lá para “dançar e beijar muito”. É um sinal inequívoco de que grande parte das pessoas encara um show hoje como um complemento da ‘balada’. O importante é estar lá e ser fotografado(a). A música? Ora, a música que se dane...
O mais recente exemplo desta picaretagem aconteceu recentemente no show que Guetta fez na quinta-feira passada no centro de Convenções de Recife. Segundo informações de uma pessoa que trabalhou na produção do evento, em um dado momento de sua apresentação o DJ esbarrou em um suposto pendrive que continha o repertório de músicas que ele apresentava, na ordem exata do que rolava no show, sem qualquer interferência ou ‘mixagem’ de Guetta.
Com isto, o pequeno acessório soltou-se o notebook do cara e desapareceu. O som parou e Guetta entrou em desespero perante milhares de pessoas e não teve outra alternativa a não ser voltar para o seu camarim e aguardar que alguém encontrasse o tal pendrive, o que aconteceu vinte minutos depois do vexame. Veja abaixo o exato momento em que a picaretagem foi desmascarada acidentalmente:

Tão vexaminoso quanto esta patuscada é saber que a plateia se mostrou solidária ao DJ, batendo palmas e gritando seu nome enquanto o suposto pendrive era procurado ou substituído por outro. E não havia espaço para qualquer indignação porque a música em si era o de menos. Acontece a mesma coisa nos shows deste horroroso sertanejo universitário que perambula por aí tal qual um fantasma coberto com um lençol e arrastando correntes. Ninguém está nem aí para a música. O que importa é ‘beijar muito’.
E nada contra os DJs em geral. Pelo contrário. Conheço muita gente que faz um trabalho digno em discos – como o Fatboy Slim e o DJ Shadow, por exemplo – e que ao vivo realmente monta um repertório na hora e faz mixagens muito boas, sempre se baseando na reação instantânea que o público expressa. Agora, dar valor a estes picaretas que saem de casa com o show prontinho e disposto apenas a ‘agitar a galera’ é assinar atestado de asno. Como esquecer o tal de DJ Jesus Luz – o sujeito que teve como único mérito ter sido namorado da Madonna por um certo tempo – enganando os telespectadores no programa Altas Horas (aqui) ao discotecar com o equipamento DESLIGADO?
O pior é que este tipo de coisa estimula a pseudocelebridades que sequer sabem ligar um CD-playera sair por aí vendendo seus ‘serviços’ como ‘DJ’ em casas noturnas de qualquer calibre. Quem nunca viu matérias nos grandes portais com a notícia “Fulana da novela “X” banca a DJ em festa “Y”? É o fim da picada, né?
Quando a gente vê plateias sendo coniventes com estas patifarias, chegamos à conclusão de que a experiência humana na Terra não deu lá muito certo...



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