“Boletim” - TV BRASIL - noticia:
Morre, aos 88 anos, o sem par e inestimável
SÉRGIO BRITTO
Vítima de insuficiência respiratória aguda, o inestimável ator e diretor Sérgio Britto deixa-nos um país carente de atenção e senso de valorização às próprias potencialidades, às próprias forças reais de transformação – campo no qual as artes desempenhariam um papel salutar, se este (papel) lhes fosse dado.
Pude ver o Sr. Sérgio Britto em atuação magistral, ao lado da diva Nathalia Timberg, na peça MEU QUERIDO MENTIROSO, em 1987 (ou 8, não recordo ao certo); quando atestei, pela primeira vez, a indiscutível diferença entre talento e embuste...
Pensei, igualmente pela primeira vez e instigado pela excelência de uma atuação teatral, na importância do conteúdo de um livro tornar irrelevante a beleza plástica de sua capa.
Pensei, igualmente pela primeira vez e instigado pela excelência de uma atuação teatral, na importância do conteúdo de um livro tornar irrelevante a beleza plástica de sua capa.
O Brasil, sempre distraído além da conta, segue perdendo o que tem de melhor, sempre sem conseguir sucedâneos à altura.
Uma pena...
“Eu compreendo que no aprendizado do ator existem várias fases: numa primeira, você pensa saber tudo e não sabe que não sabe tudo, nem mesmo sabe muito;
numa segunda, você percebe o que não sabe; numa terceira fase, você começa a saber o que ainda precisa aprender e, às vezes, percebe também que existem coisas que não vai saber nunca, uma percepção terrível de suas limitações. Já passei por todas essas fases. Hoje, tenho a pretensão de saber quase tudo, mas nem por isso me sinto capaz de enfrentar qualquer texto, qualquer tipo de espetáculo. Esse saber me indica as limitações com as quais, como ator, ainda posso esbarrar.”
(Sérgio Britto - "O Teatro & Eu)
numa segunda, você percebe o que não sabe; numa terceira fase, você começa a saber o que ainda precisa aprender e, às vezes, percebe também que existem coisas que não vai saber nunca, uma percepção terrível de suas limitações. Já passei por todas essas fases. Hoje, tenho a pretensão de saber quase tudo, mas nem por isso me sinto capaz de enfrentar qualquer texto, qualquer tipo de espetáculo. Esse saber me indica as limitações com as quais, como ator, ainda posso esbarrar.”
(Sérgio Britto - "O Teatro & Eu)
Foto: Com Maria Della Costa em “Manequim” (1951)
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