terça-feira, 22 de junho de 2010

Marias revelam MARIA’S



Projeto Maria’s do Ver-o-peso (com Carol Peres, Dani Franco e Yorranna Oliveira) aborda vivências femininas no mercado histórico, com competência, relevância e sensibilidade.














 As atenções às particularidades esteticamente ímpares do mercado do Ver-o-peso costumam vir à baila na cidade de Belém, em grande medida, quando alguma iniciativa particular consegue com o custo de algum bom trabalho, demonstrar artisticamente os detalhes diferenciais e enriquecedores do histórico cartão postal da cidade.
Com inteligência, dinamismo e mesmo uma pertinência antropológica, o projeto Maria’s do Ver-o-peso lança um efetivo olhar poético sobre o mercado; apreendendo nuances que costumam desfazer-se ante a habitual desatenção do transeunte belenense que, ao passar por suas ruas, mal se dá conta da magia imagética e do amplo leque de sobrevivências históricas imersas no dia-a-dia do lugar.


Não há excessos em se afirmar que as mulheres que compõem a equipe envolvida com os trabalhos do projeto têm realizado de forma impecável todas as atividades.
Faz-se necessário observar ainda a delicada percepção, o bom gosto e a aguçada sensibilidade com que a fotógrafa e jornalista Carol Peres vem gerando imagens que, com tranquilidade, traduzem de forma fidedigna o viés poético do lugar.


Por fim, as histórias por se contar acerca do singular mercado do Ver-o-peso, através da vivência de mulheres que integram sua formação e sua permanência encontram, para a boa sorte da cidade, alento em ouvintes atentas e comprometidas que realizam o projeto “Marias do Ver-o-peso.


Sucesso à equipe!
















fotos por Carol Peres (postadas no blog “Maria’s do Ver-o-peso)
Segue o link :
http://mariasdoveropeso.blogspot.com/

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Agora, o fogo, Lúcio Flávio Pinto via Yahoo! Colunistas

"A harmonia entre o saber e o fazer constitui exceção – e rara...
A regra é o avanço da destruição, a continuidade do procedimento irracional, a dilapidação do almoxarifado que a natureza formou na região. O combustível do avanço é o caos. O futuro dessa trajetória é o desaparecimento da maior floresta tropical do planeta."

(Lúcio Flávio Pinto, em artigo. Texto na íntegra: link ou título sublinhado abaixo)

Agora, o fogo, Lúcio Flávio Pinto via Yahoo! Colunistas:

Se o atual Código Florestal fosse aplicado a toda a região, ela já estaria na condição de ilegalidade, por ter ultrapassado o limite de 20% de alteração da cobertura vegetal.

Aliança política entre JADER e ALMIR!
isso não pode ser sério...
tá no BLOG DO BARATA:

"ELEIÇÕES – A patética reconciliação de Jader e Almir

A política é a arte da conciliação, mas nem por isso desobriga da dignidade. Na política paraense, porém, dignidade parece ser utensílio de museu, como evidencia a patética reconciliação que se desenha entre os ex-governadores Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará, e Almir Gabriel (hoje), o ghost tucano, hoje isolado dentro do próprio PSDB, partido do qual é um dos fundadores."
íntegra:
http://novoblogdobarata.blogspot.com/

Segue comentário:

É alguma brincadeira?...


Caso o noticiado seja fato e não haja equívocos, o mais rançoso será assistir aos prováveis aplausos acefalísticos de gente supostamente esclarecida em situações como estas que, ao que parece, abundam aos borbotões no cenário político nacional.


No Estado, aprovações a desmandos, inépcias, inoperâncias e mesmo desfalques, já ocorrem há muito. E simpatizantes e adictos destes dois senhores tem sempre uma justificativa apaixonadamente plausível (claro que somente em seus próprios entendimentos) para o que quer que se avente contra eles.


Os referenciais políticos adquiridos usualmente pelas corriqueiras orientações folhetinescas há décadas em voga no país, fazem com que a percepção política coletiva torne-se algo propenso à apatia, mesmo diante de quadros grotescos e inexplicáveis.
A suposta (e lamentável) festa da democracia ganha um tom ainda mais nefasto à medida que a noção de festa é levada cada vez mais a sério, no âmbito da política e no particular das eleições.
Diante dos eleitores paraenses, a credibilidade de figuras políticas como a destes dois senhores (a despeito das inteligências e/ou virtudes pessoais de ambos), há muito já deveria ser entendida como uma missão de resgate a ser empreendida pelos mesmos, seja como candidatos, articuladores ou apoiadores.
No entanto, o empecilho maior à efetivação de tal entendimento, não é outro senão a cegueira e, pior, o desinteresse do próprio eleitorado que, não raro, ainda se envolve de forma entusiástica com o caráter festivo – propriamente dito – inapropriadamente próprio do período de eleições.


Meio que prevendo, pois, odes à desinformação nas possíveis inúmeras reações favoráveis à aliança, menciono a última discussão descompromissada que presenciei, entre pessoas supostamente esclarecidas, que teve como tema justamente as pessoas dos dois senhores aqui referidos (curiosamente, a tal aliança ainda não era sabida na ocasião, última sexta-feira à noite).
No bate-papo algo acalorado, o corolário de absurdos foi desde o mais ingênuo “no fundo é uma boa pessoa e lógico que só é bom para o Estado...”, e do previsível (mas, não menos estúpido) "rouba, mas, faz",  até os descabidos conclusivos “já estão podres de ricos, não têm mais nada que estar esquentando a cabeça com negócio de governar direito; vão é roubar mais mesmo!...”
A nota patética do caso, é que todos os envolvidos na discussão tinham formação superior e eram bem empregados (o atenuante – ou não – é a mesa de bar que comportava a discussão... a bebida, os serviços e o lugar não eram baratos - como todo reduto típico da classe média...).


Se no fim das contas isso não for uma pegadinha é porque o grau de palermice já chegou ao máximo, já se confundindo mesmo com a própria consciência política do Estado.


Costumam me rotular de pessimista...
ainda não sei se fico chateado ou se tomo como elogio...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A comédia da Copa

Paralelos felizes de Diogo Mainardi
(íntegra clicando no título)

A comédia da Copa

Susana Vieira e eu na Copa do Mundo. Susana Vieira comentará as partidas na TV. Eu comentarei as partidas no rádio. Por quê? Porque ninguém se interessou em me contratar para comentar a Divina Comédia, de Dante Alighieri. Susana Vieira é minha Beatriz na Cidade do Cabo e em Johannesburgo.
Eu sou um cronista como Nelson Rodrigues. Eu sou um reacionário como Nelson Rodrigues. Eu sou pago para fazer comentários sobre a Copa do Mundo como Nelson Rodrigues. Agora só tenho de me tornar um Nelson Rodrigues.
Eu fui da literatura para a imprensa, da imprensa para o rádio. É por isso que simpatizo com Robinho. Ele tem uma trajetória semelhante à minha: do Real Madrid para o Manchester City, do Manchester City para o Santos. Eu simpatizo também com Kaká. Melhor dizendo: eu o idolatro. Eu gostaria de ganhar um dos maiores salários de todos os tempos para permanecer sentado no banco de reservas, tirando a franja da testa. Eu sou bom em matéria de tirar a franja da testa. Mas o jogador do Brasil com o qual realmente me identifico é Felipe Melo. Sempre que, durante o programa de rádio, Wanderley Nogueira me passa a bola, eu me embanano todo e, como Felipe Melo, acabo recuando para o zagueiro. Na Copa do Mundo, minha torcida será inteirinha para ele. Ele me representa. Vai, Felipe Melo! Mostre ao mundo do que é capaz uma pessoa sem talento, sem juízo e sem discernimento.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

CERVEJA ARTESANAL
Hoje no JORNAL DO COMÉRCIO
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=30384

Notícia da edição impressa de 07/06/2010

Cerveja artesanal gaúcha é referência no País

Mesmo com a concorrência com grandes fabricantes, segmento investe para lançar novos sabores no mercado

Adriana Lampert

Gitzler calcula em R$ 1 milhão o custo para abrir uma pequena fábrica. Foto: Marcelo G. Ribeiro/JC Pioneiro na fabricação de cerveja artesanal, o Rio Grande do Sul é reconhecido em todo o Brasil pela qualidade da bebida produzida em suas 25 microcervejarias. E, pela primeira vez, o solo gaúcho foi cenário do encontro anual que reúne cervejeiros de diversos estados brasileiros, com o objetivo de trocar ideias e informações técnicas. Entre os 300 participantes do evento, ocorrido entre 3 e 5 de junho, em Porto Alegre, além de empresários do setor - como os fabricantes das marcas Coruja, Dado Bier e Barley - outros 40 produtores artesanais do Estado assistiram a palestras, debateram sobre o mercado e degustaram diferentes tipos de cerveja. Entre outros assuntos, uma constatação foi unânime: apesar da qualidade “superior”, esta categoria da bebida sofre com a concorrência “desleal” das grandes marcas.

Produzida de forma caseira, com 100% de malte, sem aditivos químicos, e obtendo resultados com diferentes sabores e padrões de fermentação, a cerveja artesanal hoje não representa nem mesmo 2% do mercado nacional. Mas a meta do setor é crescer. “Temos um produto diferenciado, feito para ser saboreado, e não para ser consumido em massa”, enfatiza o empresário Micael Eckert, 36 anos, proprietário da marca Coruja. Fabricada em Teutônia, desde 2004, os 12 mil litros/mês da bebida são comercializados em 50 pontos de Porto Alegre e 20 locais da Serra gaúcha, principalmente em Caxias do Sul, Gramado e Canela.

Logística de distribuição requer cuidados especiais, segundo Eckert, uma vez que a cerveja caseira, por não ser pasteurizada, só tem durabilidade por trinta dias, sob refrigeração. “Precisamos carregar o produto em caminhão refrigerado, com lona térmica, e só podemos vender a quantidade que couber no freezer do comerciante. Depois ainda é preciso voltar se a validade vencer”, explana o empresário, frisando que todo esse custo é repassado ao consumidor. Isso sem contar a dificuldade para se conseguir garrafas e tampinhas, tendo em vista que a demanda é de pouca quantidade e torna os custos mais elevados.

Presidente da Associação dos Cervejeiros Artesanais do Rio Grande do Sul (Acerva Gaúcha), o advogado e contador Jorge Henrique Gitzler também é produtor caseiro. Apesar de não comercializar, ele conhece bem a dificuldade de quem tenta viver do negócio. “Para se erguer uma fábrica pequena, é preciso investir pelo menos R$ 1 milhão, e não é fácil se manter em um mercado em que as grandes marcas monopolizam as vendas”. Ele opina que, também devido ao monopólio, somente a partir dos últimos cinco anos os brasileiros passaram a conhecer outras cervejas, além das tradicionais pilsens que tomam conta da maior parte do mercado. Segundo ele, a tendência da produção artesanal é que cada vez mais surjam sabores “especiais, diferenciados e surpreendentes”.

O 5º Encontro Nacional dos Cervejeiros Artesanais contou também com um concurso nacional – que avaliou as 130 bebidas inscritas - e promoveu uma festa de encerramento no Ipanema Sports.