quarta-feira, 15 de agosto de 2012




Control "C" Control "V"



em 03/08/2010, do 


Per Fas Et Per Nefas




“Complexo antirromano”, pura hipocrisia ou as duas coisas?



Corriqueiramente, deparo-me em salas de aula e em alguns debates com perguntas e reflexões do tipo: “Então, Bento XVI é um grande conservador, não?”; “O papa está retrocedendo em algumas posições da Igreja?”; “Bento XVI é um reacionário?”; “O pontificado de Ratzinger, junto com o de Wojtyla, foi um passo atrás da Igreja”. De fato, estes posicionamentos são os mais comuns, não só entre alunos e colegas na universidade, mas podem ser tomados como sintomas do modo como a opinião pública se constitui: repete-se aqui e ali um parecer sobre um fato específico, e aquele parecer, no fim das contas, assume um caráter de verdade. Goebbels, o ideólogo do nacional-socialismo já afirmava: “uma mentira repetida muitas vezes se torna verdade”.
Não que esta posição seja uma mentira stricto sensu. É um olhar. Uma interpretação dos fatos. Contudo, de interpretação passa a ser tomada como verdade, realidade pura e simples, e quem geralmente a profere, o faz sem conhecimento de causa, apenas repetindo e assumindo uma posição que nem sabe aonde está fundamentada, muito menos seus impactos. Já disseram por aí que a democracia sofre desse mal. Sua natureza tende para a retórica e para a superficialidade.
Podemos tomar como exemplo um momento que me aconteceu em um curso que ministrei sobre religiões africanas e afro-brasileiras. Como é sabido, o Brasil constituiu-se como povo tendo um forte influxo dos povos cativos trazidos da África durante, mais ou menos, três séculos. Nota-se que traços culturais destes povos marcaram indelevelmente nossa cultura, da música à nossa maneira de cozinhar. Contudo, observa-se, com relativo acerto, que viramos o rosto para este fato e que existe uma grande necessidade de “revalorizar”, de “resgatar” – para usar o jargão de certos grupos – a cultura afro-brasileira e sua importância para o País. Além disso, reclama-se da ignorância que permeia os discursos de certas pessoas sobre a realidade africana, no caso, a das religiões brasileiras que possuem raízes africanas, como por exemplo, ver toda manifestação religiosa afro-brasileira como “magia negra”. De fato, certa valorização destas culturas, a fim de que possamos entender melhor “o que faz o Brasil, Brasil”, como diria Da Matta, é muito importante. Nota-se, inclusive, que certos grupos religiosos ligados ao candomblé nagô (yorubá) visam resguardar os traços originais de sua religião e que já se apresentavam na África, como a tradição específica no toque nos tambores e também o uso da língua africana em seus rituais. Bem, é aí que começam a aparecer algumas contradições. Os mesmos grupos – e aqui não me refiro exclusivamente a grupos ligados às religiões afro-brasileiras, mais àqueles, como certas ONGs, que se dedicam a manter vivas culturas autóctones, como por exemplo, as indígenas brasileiras – que geralmente clamam e levantam bandeiras de defesa de suas raízes culturais contra um mundo capitalista hostil, que transforma tudo em mercadoria, são, geralmente, aqueles que, tratando-se de Roma – do papado, entenda-se bem –, acusam certas posições de Bento XVI como “retrógradas”, “reacionárias”, “conservadoras” ou coisa que o valha. “Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros”, já diria profeticamente George Orwell, no contumaz A revolução do bichos. Ora, se a defesa das “raízes culturais” deste ou daquele grupo é tão publicamente proferida e importante na manutenção de uma pretensa “identidade”, por que as atitudes de Bento XVI, como por exemplo – e pensando como um dos principais atos deste pontificado – a liberação da dita “missa tridentina” sem a necessária autorização do bispo, é tachada rapidamente por alguns como simples “retrocesso”? Por que a utilização de epítetos nada agradáveis aos ouvidos modernos, como “reacionário” ou “conservador” – mesmo que não tenham a mínima noção do que significam -, já que ele (o papa) também parte de uma mesma prerrogativa, isto é, zelar para que um patrimônio de séculos não se perda frente à desconstrução pós-moderna? Não posso entender tal atitude de outra forma senão como hipocrisia. Ou talvez possa. Hans urs von Balthasar, teólogo de renome do século XX, falava em um de seus livros, publicado em 1974, de “complexo antirromano”, fenômeno de longa data. Grosso modo, Balthasar afirma que tal complexo vai se caracterizar pela posição de negação de tudo o que vem de Roma, e isso quer dizer, do papa.
Não podemos vislumbrar ainda, a longo prazo, o que alguns posicionamentos de Bento XVI vão trazer de benefícios para a estrutura eclesial como um todo. De fato, como já dito aqui outras vezes, o que me parece é que seu intuito é o de reequilibrar as forças atuantes em seu interior. Do Vaticano II, aos excessos – que ninguém nessa altura dos acontecimentos pode negar – ocorridos em vários campos, inclusive e especialmente o da liturgia, advindos de uma leitura que marca as “novidades” do evento conciliar, aquela que fala em nome do “espírito do concílio”, o que Bento XVI parece fazer é tentar resguardar o que a história do cristianismo nos legou até hoje, ou seja, cuidar de suas “raízes culturais”, não permitindo que sejam sorvidas pelos ventos de um desejo de aggiornamento a qualquer custo (Jacques Maritain dizia na época que com o concílio a Igreja tinha se ajoelhado para o mundo) que, por vezes, demonstra-se, para muitos, como infecundo e, pior, como incompreensível e forçado esquecimento.

quinta-feira, 12 de julho de 2012



MÚSICA



Guitarrada com Mestre Vieira

"Em forma e bonito, sempre..."
(Mestre Vieira)


Matéria do Jornal Liberal 1ª Ed - TV Liberal (12/07/12), sobre os eventos em comemoração aos 50 anos de carreira do Mestre.




segunda-feira, 25 de junho de 2012



Um lamento...


e outra vez:

"Política"; a (anti)arte do possível... 
 engulho...

quinta-feira, 21 de junho de 2012



TV


Programa ESTÚDIO MÓVEL
20/06/2012
(Postagem em breve...) 
No site do programa:
Vivi Seixas é Dj de música eletrônica, especialista no gênero House e filha do inesquecível Raul Seixas.
A filha do cara, conversa com Liliane Reis sobre o que sentiu ao assistir do documentário Raul - O Início, o fim e o meio, fala das lembranças dela durante a infância com o pai e de seus remix com as letras do maluco beleza.


Parte 1 (20/06):
   Parte 2 (20/06):
Parte 3 (20/06):
Parte 4 (20/06):
Parte 5 (21/06):
Parte 6 (21/06): 
Parte 7 (21/06): 
 

A galera do coletivo Bicicletorama também marca presenta no Estúdio Móvel desta quarta. Eles desenvolveram o projeto de um jogo de projeção que mistura bike virtual com a bicicleta real. Só vendo e pedalando pra entender.

Lili bate um super papo ainda com o Nilo D'Avila, ele é coordenador de Políticas Públicas do GreenPeace.
Nilo fala sobre o movimento que deu origem a organização e das iniciativas para evitar e a degradação do planeta.

E a campanha CICLOATIVE-SE segue em movimento e apresenta dos Bikers: Eduarda Oliveira e Eduardo Soares.



sexta-feira, 15 de junho de 2012


Poema



"strayed above the highway aisle… 
I could see for miles, miles, miles"
(Bon Iver - Holocene) 
 













MÚSICA



e doação de sangue...

Entrevista com o músico Felipe Cordeiro ao Jornal Liberal 1ª Edição - há pouco - por ocasião de evento de incentivo à doação de sangue no HEMOPA, durante o qual o músico se apresentará.


quinta-feira, 14 de junho de 2012


LÚCIO FLÁVIO PINTO


Por Leonardo Fernandes
no Diário do Pará
Fotos: Elcimar Neves





sexta-feira, 2 de março de 2012


MANOEL DE BARROS


 





























Ilustração: KARMO

O programa Diverso - TV Brasil - encerra a edição desta sexta-feira com o poema DESPALAVRA, de Manoel de Barros.



Despalavra:

"Hoje eu atingi o reino das imagens, o reino da despalavra.
Daqui vem que todas as coisas podem ter qualidades humanas.
Daqui vem que todas as coisas podem ter qualidades de pássaros.
Daqui vem que todas as coisas podem ter qualidades de sapo.
Daqui vem que todas as coisas podem ter qualidades de árvores.
Daqui vem que os poetas podem arborizar os pássaros.
Daqui vem que todos so poetas podem humanizar as águas.
Daqui vem que os poetas podem aumentar o mundo com as suas metáforas.
Que os poetas podem ser pré-coisas, pré-vermes, podem ser pré-musgos.
Daqui vem que os poetas podem compreender o mundo sem conceitos.
Que os poetas podem refazer o mundo por imagens, por eflúvios, por afeto." 

(Manoel de Barros)

Artesanato em



MIRITI


O artesão Valdeli Costa Alves, paraense de Abaetetuba, cede entrevista ao programa Sem Censura – TV Brasil.

Valdeci confecciona brinquedos em “miriti” e esclarece que há diferença (sutil) entre esta matéri-prima e o “buriti”.



“Nasci numa casa que as paredes eram feitas de miriti... meus primeiros passos foram dados firmando as mãos numa parede de miriti... é daí que vem.”
(Valdeli Costa Alves)



>> Menção a parcerias: EMBRAPA, Museu Paraense Emílio Goeldi e UFRA.


PORQUE NAVEGAR É PRECISO!
 


O americano Patrick Felterman quer ir do Pará ao Amapá de jangada (!!!) para, segundo o próprio, conhecer melhor a Amazônia.

A embarcação, segundo a reportagem, foi feita com a ajuda de ribeirinhos.

Então, boa jornada!

sábado, 4 de fevereiro de 2012


MÚSICA


Joelma Klaudia 
no quadro “Bate-papo Musical”, do telejornal Nazaré Notícias.

A cantora cede entrevista e canta trechos de “dias assim” e “sexta-feira”

“...os músicos, artistas, aqui em Belém, eles entendem que o outro artista é um concorrente, e não um aliado; e a gente acaba ficando mesmo na correria sozinho; além de ter que fazer a produção de si mesmo, né?...”
Joelma Klaudia 

 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012



COVARDIA!!!!


Policial à paisana, armado e cretino ameaça idoso.


Após um acidente de trânsito, com uma arma na mão, o bicho feroz impõe sua ôtoridade a um homem idoso.

Ao que parece, o telejornal – Pará Record (TV RECORD) não contatou a assessoria da polícia e, bem, será que surpreenderá alguém se absolutamente nada acontecer com o policial!?

Lástima...